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quarta-feira, 9 de março de 2016

Dois denunciados pela Zelotes são interrogados nesta quarta

  • 09/03/2016
  • 11:26

  • Eduardo Valadão e Mauro Marcondes respondem por sonegação
    Mais dois alvos na operação Zelotes | Foto: PF / Divulgação / CP
    Mais dois alvos na operação Zelotes | Foto: PF / Divulgação / CP
  • O juiz federal Vallisney de Souza, da 10ª Vara Federal, em Brasília, toma na manhã desta quarta-feira o interrogatório de mais dois denunciados em uma ação penal decorrente da operação Zelotes. São ouvidos Eduardo Valadão e Mauro Marcondes. Esse é o segundo dia de interrogatórios.
    Marcondes e Valadão foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) em novembro. No dia 30 daquele mês, 16 pessoas foram denunciadas pelo MPF.

    Nessa terça-feira, a Justiça Federal ouviu advogado José Ricardo da Silva, ex-membro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Silva está preso preventivamente na Penitenciária da Papuda, em Brasília, desde outubro de 2015. Para esta semana, estão previstos mais oito interrogatórios de denunciados.
    A operação Zelotes
    Deflagrada pela Polícia Federal (PF) em março de 2015, a operação Zelotes investiga um dos maiores esquemas de sonegação fiscal já descobertos no Brasil. As investigações são sobre a atuação de quadrilhas junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais da Receita Federal (Carf), revertendo ou anulando multas. Estão sendo analisados 74 julgamentos do conselho realizados entre 2005 e 2013, nos quais, R$ 19,6 bilhões teriam deixado de ser recolhidos aos cofres públicos.
    O Carf, órgão ligado ao Ministério da Fazenda, composto por 216 conselheiros em turmas de seis membros, julga em segunda instância recursos administrativos fiscais relativos a tributos cobrados pela Receita Federal. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os integrantes do esquema de corrupção escolhiam processos de grande valor que estavam na pauta do órgão, buscando, em seguida, oferecer uma solução conveniente às companhias em troca de dinheiro.
    Os operadores atuavam no fluxo dos processos, recorrendo à corrupção de conselheiros. Parte dos conselheiros envolvidos, segundo o MPF, era do Ministério da Fazenda, mas a maioria pertencia ao Sistema S, que compreende entidades voltadas ao treinamento profissional, entre as quais estão Senai, Sesc, Sesi e Senac.
    Entre as empresas investigadas na operação estão os grupos gaúchos Gerdau, RBS, Mundial-Eberle e Marcopolo. O Carf tem R$ 516 bilhões em processos para julgamento. Em média um processo leva oito anos para ser julgado.
    Os crimes investigados na operação são de Advocacia Administrativa Fazendária, Tráfico de Influência, Corrupção Passiva, Corrupção Ativa, Associação Criminosa, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro

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