Estado de PE enfrenta uma das piores secas da história.
Água desviada daria para abastecer 100 mil habitantes por um mês.
pior seca da história não é o único motivo de dor de cabeça e sofrimento para os moradores do agreste pernambucano. A falta d´água tem também um motivo que não tem nada a ver com os céus ou as nuvens. A repórter Amanda Dantas mostra.
Os policiais civis e os funcionários da Companhia de Saneamento de Pernambuco, a Compesa, estiveram em propriedades localizadas na área rural de Caruaru, no agreste de Pernambuco. Eles cumpriram três mandados de prisão temporária e também 18 de busca e apreensão.
Segundo a empresa, os suspeitos furtavam água para vender em caminhões-pipa, que custam, em média, R$ 200 na região.
“A denúncia é de que pessoas estavam utilizando água da Compesa através do cano adutor que passa aqui perto. Essas pessoas utilizam essa água e vendem, mas ela seria destinada às comunidades que precisam”, explica o delegado Ernande Francisco.
“A denúncia é de que pessoas estavam utilizando água da Compesa através do cano adutor que passa aqui perto. Essas pessoas utilizam essa água e vendem, mas ela seria destinada às comunidades que precisam”, explica o delegado Ernande Francisco.
A denúncia aparece justamente em uma época em que Pernambuco enfrenta uma das piores secas da história. A estiagem já está no sétimo ano seguido, só no agreste do estado, 17 barragens secaram e outras oito estão com menos de 30% da capacidade.
É o caso da Barragem do Prata, que está com apenas 11% da capacidade. Ela abastece seis municípios de Pernambuco, 1 milhão de pessoas dependem do reservatório. De acordo com polícia, era dessa barragem que saía a água desviada.
Um vídeo cedido pela Polícia Civil mostra que um encanamento clandestino desviava a água da barragem, que caía num açude particular. Em alguns casos, esses açudes tinham até estação de tratamento. Segundo a companhia de água, a quantidade desviada daria para abastecer uma cidade da região durante 10 dias.
A Polícia Civil prendeu o comerciante Wilson Veloso Melo por furto qualificado de água. Outras cinco pessoas também foram presas, mas não tiveram os nomes divulgados.
A polícia ainda está a procura dos empresários Josias Arthur dos Santos e João Macena de Lima, também suspeitos de furto qualificado de água. O Jornal Hoje não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos
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