Páginas

Pesquisar este blog

sábado, 6 de maio de 2017

Polícia de PE descobre esquema de furto e venda de água de adutora

Edição do dia 05/05/2017
05/05/2017 13h54 - Atualizado em 05/05/2017 14h19

Estado de PE enfrenta uma das piores secas da história. 

Água desviada daria para abastecer 100 mil habitantes por um mês.

Amanda DantasCaruaru, PE








pior seca da história não é o único motivo de dor de cabeça e sofrimento para os moradores do agreste pernambucano. A falta d´água tem também um motivo que não tem nada a ver com os céus ou as nuvens. A repórter Amanda Dantas mostra.
Os policiais civis e os funcionários da Companhia de Saneamento de Pernambuco, a Compesa, estiveram em propriedades localizadas na área rural de Caruaru, no agreste de Pernambuco. Eles cumpriram três mandados de prisão temporária e também 18 de busca e apreensão.
Segundo a empresa, os suspeitos furtavam água para vender em caminhões-pipa, que custam, em média, R$ 200 na região.

“A denúncia é de que pessoas estavam utilizando água da Compesa através do cano adutor que passa aqui perto. Essas pessoas utilizam essa água e vendem, mas ela seria destinada às comunidades que precisam”, explica o delegado Ernande Francisco.
A denúncia aparece justamente em uma época em que Pernambuco enfrenta uma das piores secas da história. A estiagem já está no sétimo ano seguido, só no agreste do estado, 17 barragens secaram e outras oito estão com menos de 30% da capacidade.
É o caso da Barragem do Prata, que está com apenas 11% da capacidade. Ela abastece seis municípios de Pernambuco, 1 milhão de pessoas dependem do reservatório. De acordo com polícia, era dessa barragem que saía a água desviada.
Um vídeo cedido pela Polícia Civil mostra que um encanamento clandestino desviava a água da barragem, que caía num açude particular. Em alguns casos, esses açudes tinham até estação de tratamento. Segundo a companhia de água, a quantidade desviada daria para abastecer uma cidade da região durante 10 dias.
A Polícia Civil prendeu o comerciante Wilson Veloso Melo por furto qualificado de água. Outras cinco pessoas também foram presas, mas não tiveram os nomes divulgados.
A polícia ainda está a procura dos empresários Josias Arthur dos Santos e João Macena de Lima, também suspeitos de furto qualificado de água. O Jornal Hoje não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário