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terça-feira, 27 de março de 2018

URGENTE: Ônibus de Lula é atacado a tiros no Paraná

ônibus de lula tiro

Ônibus da Caravana de Lula foi alvejado com arma de fogo

"Querem matá-lo!". Ônibus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é alvejado com arma de fogo no Paraná (PR). Na emboscada, foram utilizados ganchos de metal pontiagudos, conhecidos popularmente como "miguelitos", para furar pneus do veículo


Um dos ônibus da Caravana Lula pelo Brasil foi alvejado com arma de fogo no caminho entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no estado do Paraná. Não houve feridos. Segundo a Folha de S.Paulo, foram 4 tiros que atingiram o veículo.
O ex-presidente já realizou ato público no campus da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) na cidade de Laranjeiras. A Polícia Militar foi acionada para realizar perícia sobre a marca de tiro. Não houve feridos.
No mesmo trajeto, pregos foram colocados na estrada para furar os pneus dos ônibus. Um dos veículo teve um pneu afetado por um dos artefatos, conhecido como “miguelitos”.
Pela manhã, parte da caravana visitou assentamentos em Quedas do Iguaçu, que recebeu ato com o ex-presidente na parte da tarde. O penúltimo dia de atividades no Paraná tem encerramento agora à noite na universidade. Amanhã, a caravana encerra sua passagem pelo região Sul com ato público às 17h, na Boca Maldita, em Curitiba.
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disse que foram dois tiros: um na lataria, e outro no vidro. “Querem matar o ex-presidente Lula”, disse.
Em comício em Laranjeiras do Sul, a senadora reiterou que a “caravana é da paz, é democrática”, ao lembrar que quando terminou o seu segundo mandato, Lula tinha 87% de aprovação da população e não precisaria se deslocar pelo país se não tivesse uma ligação forte com o povo.
“Na frente nas pesquisas, ele poderia ficar em casa e ganhar a eleição, mas se fosse assim não seria o Lula”. E continuou: “É por isso que ele vem aqui, mesmo contra milícias, mesmo enfrentando esse processo injusto, ele vem aqui porque tem compromisso com a luta popular neste país.”

Dossiê de crimes de agressão

Nesta quarta (28), o coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia entregará ao Ministério Público do Paraná uma notícia-crime elaborada com material triado pelo a partir dos e-mails com denúncias enviadas ao Coletivo.
Trata-se de vídeos com cenas de apedrejamento, fogo e obstrução nas estradas para impedir a passagem da caravana, fotos de postagens com ameaças de morte a Lula, crimes de lesões corporais contra militantes, cerceamento do direito de ir e vir de Lula e de militantes, injúrias e postagens criminosas em grupos de WhatsApp. Será requerida ao MP a identificação dos sujeitos através dos seus números de telefones, ali informado.
O ato de entrega da nossa representação criminal será às 10h ao coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos do Ministério Público do Paraná, Olympio Sotto Mayor Neto.

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segunda-feira, 26 de março de 2018

Adolescente gay se mata devido perseguição de família “religiosa” e mãe comemor





Infelizmente, a homofobia e a intolerância fez mais uma vítima. Após enfrentar muita perseguição da família de maioria evangélica,  Yago Oliveira se matou no último dia 14 de março, em João Pessoa (PB), por enforcamento. Em janeiro deste ano, o jovem havia feito um relato emocionado em sua página no Facebook, contando os abusos que sofria dos familiares por sua orientação sexual.
Em vários relatos deixados por Yago, nas redes sociais, o adolescente cita diversas situações que aconteciam em sua família, sempre afirmando que nunca teve apoio dos seus familiares. Em um deles, ele ainda diz que sofria ameaças da mãe via Whatsapp e conta que sua vida havia se “tornado um inferno”, desde que seus parentes descobriram sua orientação sexual.
Agora, se você ficou chocado com o que leu até aqui, pois bem, o pior ainda está por vir. De acordo com o site Mixturando, a mãe do jovem, que se chama Ivanilda,  deu a seguinte declaração sobre o suicídio do filho: ”O Homem lá de cima atendeu meu pedido, prefiro um filho morto do que vivo e pecador, seria uma eterna vergonha e uma desonra sem tamanho”, declarou ao veículo.
Confira abaixo na integra, o texto emocionante deixado por Yago, em janeiro deste ano, no seu Facebook: 
Sei que roupa suja se lava em casa, mas vamos lá: 
*Meu avô paterno, se casou com a minha avó quando ela tinha 12 anos de idade e ele 30, ela se urinou com medo na primeira noite que dormiu com ele.
*Minha avó traiu o meu avô e eles se separaram, minha avó largou todos os filhos pelas casas das irmãs e não criou nenhum deles, assim como meu avô que começou a tratar os filhos do primeiro casamento como estranhos sem nem cumprimentar quando passava por eles na rua.
*O irmão do meu avô teve uma filha esquizofrênica, a qual como ele mesmo disse uma vez “deu fim”, ninguém nunca soube o que aconteceu com ela.
*O meu tio que é pastor evangélico teve seis filhos, com três mulheres diferentes, dos seis ele só criou dois, pagava 50 reais de pensão para a primeira esposa criar os seus outros filhos e achava um absurdo esta quantia e vivia atrasando a pensão.
*Esse mesmo tio que é pastor fugiu da Paraíba perseguido por um membro da igreja, após esse membro descobrir que sua esposa estava tendo um caso com ele.
*Um outro tio abusava sexualmente da minha tia
*A minha tia dizia que tínhamos que chamar a empregada doméstica de “Maria” porque empregada doméstica não tem direito a nome, como ela mesmo disse uma vez.
*Minha avó deu de presente para o meu primo um diploma do ensino médio falsificado, depois dele ter reprovado milhares de vezes na quinta série e todos concordarem que meu primo era um caso perdido.
*Outra tia minha enterrou viva uma ninhada de oito cachorros que sua cadela deu porque simplismente os cachorros nasceram tudo fêmea.
*Para o meu pai todo negro é marginal, todo serviço mal feito foi feito por negro e todas essas coisas racistas que já conhecemos…


Mas segundo todos esses que eu citei anteriormente, a vergonha da família sou eu, pelo simples fato que sou gay, afinal, como eles dizem: ‘ser gay é pecado’, mas ser racista, corrupto, assassino, estuprador, pedófilo e não criar os filhos ta de boa, não, o importante é você não ser gay.

domingo, 25 de março de 2018

Homem que checoteou um servente de pedreiro por ele comer 2 ovos, é agredido na cadeia e quase morre

Novembro 12, 2017
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Patrão valentão que chicoteou e humilhou um pobre servente de pedreiro por ele ter comido dois ovos sem permissão em uma construção em sua fazenda,em São Sebastião do Maranhão, foi preso e chegando na cadeia foi colocado na cela com outros presos, os presos revoltados com o que ele fez com o coitado do servente que por pura fome pegou os ovos sem pedir, o agrediram e fizeram ele gravar um vídeo pedindo desculpas ao trabalhador
Segundo as investigações, a vítima foi chicoteada e golpeada com uma ferramenta por ter furtado oito ovos da propriedade. Os policiais também descobriram que os suspeitos seriam perigosos traficantes de drogas da região, colocavam medo na cidadezinha do interior. Um deles é investigado por envolvimento com a facção criminosa PCC, em São Paulo.

A vítima D.S.C. trabalhava em uma obra na fazenda de um dos suspeitos. O proprietário das terras soube que o rapaz havia furtado oito ovos de galinha do local. Como castigo, o fazendeiro e o irmão dele teriam agredido o funcionário com chicotadas no rosto, nas costas e nas pernas. Além disso, o homem também teria sido agredido com um alicate turquesa.


De acordo o delegado Rodrigo Antunes, da Polícia Civil de Santa Maria do Suaçuí, responsável pela operação, a vítima não tem passagem pela polícia e nem envolvimento com drogas.

— Tenho informações de que ele estava trabalhando no local e não tinha recebido o pagamento. Ele tem família e filhos pequenos.

A investigação sobre a denúncia durou seis meses. O crime que aconteceu em setembro do ano passado teria sido cometido pelos irmãos Raul Soares Gomes, 38 anos, e Rodrigo Antônio Soares Mendes, 35, com participação de Alleff Fillyp Miranda., 2

sexta-feira, 23 de março de 2018

SEGURANÇA DA MILITÂNCIA

Informativo Eletrônico do PT de Floripa,  23 Março 2018

Temer fecha Hospital do Câncer que cuidava de 500 crianças pelo SUS






500 crianças com câncer ficaram sem tratamento no interior de São Paulo na Região de Jundiaí. O único hospital especializado da região ficou sem dinheiro depois que o Ministério da Saúde mudou sem aviso os critérios para liberação dos recursos.

O menino Rodrigo, um dos pacientes, que tem um câncer na perna desabafou: “Eu vou perder tudo… é capaz que eu perca até as minhas esperanças”.

Opinião do PLANTÃO: O hospital custa R$ 170 milhões por ano. A dívida que Temer perdoou do Santander cobriria os gastos de 2 anos do hospital. A dívida que Temer perdoou do Itaú (R$ 25 bilhões) sustentaria o Hospital do Câncer por mais de 150 anos.

Lula Livre depende de nós


Companheiras e companheiros

Este dia 23 é fundamental para que toda a energia da militância vá para a rua fazer a convocação final para o ato com Lula no sábado, dia 24.

Ontem obtivemos uma vitória importante no STF, com a aceitação da possibilidade de julgar o Habeas Corpus pedido pela defesa de Lula e o adiamento da discussão do mérito para o dia 4 de abril, com salvo conduto para Lula – ou seja, até o julgamento ele não poderá ser preso. Uma vitória fruto da mobilização de milhares de pessoas que estão nas ruas recebendo Lula na Caravana pelo Brasil e pela Região Sul.
A gente sabe que essa luta será ganha nas ruas, com a mobilização do povo mostrando que estamos em pé, defendendo a democracia e o melhor presidente que o Brasil já teve.
Agora, precisamos lotar o Largo da Catedral, para mostrar que estamos com Lula.

Cada um de nós tem a tarefa de acionar seus contatos, seus amigos e colegas, e convidar para o ato. Envie o cartão-convite anexo pelo whatsapp, por email, poste nas redes sociais


Participe das mobilizações do dia 23:
A partir das 10h – na sede do PT estadual (Praça Olivio Amorim) – para organizarmos as atividades

10h às 13h – panfletagem em Palhoça (praça central), São José (avenida central), Biguaçu (praça central).

10h às 18h – Adesivaço na sede do PT estadual

E sábado, dia 24, cada um de nós tem um encontro importante com Lula no Largo da Catedral.

www.ptfloripa.org.br | 48 3333-9767

CHORA DIREITA: VITORIA DO POVO, STF ACATA HABEAS CORPUS DE LULA.

quinta-feira, 22 de março de 2018


O STF Por maioria de 7x3 dar vitoria ao ex-presidente Lula e concede Habeas corpus do ex-presidente.



Mesmo com a pressão da Globo e de alguns setores do mercado o STF voltou a respeitar a constituição e não deu razão a procuradora Raquel Dodge, associada ao golpe junto com a lava jato a procuradora geral da republica pediu que não fosse acatado o habeas corpus de Lula, foi seguida pelo relator o ministro Edson Fachin, ministro Barroso e Luiz Fux.

Porém surpreendentemente o ministro Alexandre de Moraes abriu a divergência e foi acompanhado pelos demais 6 ministros, garantindo a Lula o direito de permanecer em liberdade até que o caso sejam transitado e julgado, devolvendo ao povo a esperança e corrigindo a injustiça contra Lula.



Não era cabível a injustiça e Lula consegue sua primeira e importante vitória no caso do tripléx  mostrando que a justiça ainda existe nesse país, mais que uma vitória de Lula é uma vitória do povo que anseia pelo retorno de Lula, para finalizar chora direita.  

Texto: Selena Martines

Colaboração: Pedro Oliveira e Ana Karine

domingo, 18 de março de 2018

PRECONCEITO Delegado é afastado do cargo por postagem contra vereadora Marielle Franco

As declarações foram publicadas pelo policial em uma rede social


Publicado em: 18/03/2018 12:48


Post foi realizado em uma rede social. Foto: Internet Reprodução
Post foi realizado em uma rede social. Foto: Internet Reprodução
A Secretaria de Defesa Social (SDS) divulgou nota no final da manhã deste domingo (18), comunicando o afastamento do delegado Jorge Ferreira do plantão da Delegacia da Mulher. A decisão foi tomada por conta de declarações postadas pelo policial em uma rede social sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol/RJ), morta a tiros no dia 15 deste mês. Há apenas um mês, ele dava plantões na Delegacia da Mulher de Santo Amaro, sem exercer cargos de chefia ou coordenação na unidade.
  
De acordo com a nota, o conteúdo da postagem foi encaminhado à Corregedoria Geral da SDS, que iniciou uma investigação preliminar, na qual o servidor terá direito à ampla defesa e ao contraditório. “Até a conclusão do procedimento administrativo, o servidor ficará à disposição do setor de recursos humanos da PCPE”, diz o texto.

Ainda de acordo com a nota, o teor das afirmações é incompatível com o posicionamento do Governo, da Secretaria de Defesa Social e da Polícia Civil, “que prezam e focam todos os seus esforços na preservação da vida, proteção dos cidadãos, tolerância e paz social”. O texto é assinado pelo Governo do Estado de Pernambuco, Secretaria de Defesa Social de Pernambuco e Polícia Civil de Pernambuco.

sábado, 17 de março de 2018

Desembargadora quebra narrativa do PSOL e diz que Marielle se envolvia com bandidos e é “cadáver comum”


Conforme coluna de Mônica Bérgamo, a desembargadora Marilia Castro Neves, do Rio de Janeiro, escreveu nesta sexta (16) no Facebook que a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada nesta semana, “estava engajada com bandidos”.
Ela ainda disse que o comportamento de Marielle – “ditado por seu engajamento político” – foi determinante para a morte. Por isso, Marilia diz que que há uma tentativa da esquerda de “agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro”.
Marilia combatia a narrativa da extrema esquerda de que Marielle era uma “lutadora dos direitos humanos e líder de uma população sofrida”.
A desembargadora rebateu: “A questão é que a tal Marielle não era apenas uma ‘lutadora’, ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu ‘compromissos’ assumidos com seus apoiadores. Ela, mais do que qualquer outra pessoa ‘longe da favela’ sabe como são cobradas as dívidas pelos grupos entre os quais ela transacionava.”
E seguiu: “Até nós sabemos disso. A verdade é que jamais saberemos ao certo o que determinou a morte da vereadora mas temos certeza de que seu comportamento, ditado por seu engajamento político, foi determinante para seu trágico fim. Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro”.
Agora, a militância da extrema esquerda começou a fazer campanha nas redes para que Marilia Castro Neves seja denunciada ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) por ter “ironizado” a morte de Marielle. Ou seja, decidiram também criar o crime de “ironia”, o que não existe no código penal.
Com razão, Marilia disse que apenas deu a sua opinião como cidadã na página de um colega já que não atua na área criminal.

SÍNDICA PEDE PARA "CASAL GAY" NÃO SE AGARRAR PERTO DAS CRIANÇAS E RECEBE PROCESSO POR HOMOFOBIA

Síndica pede para "casal gay" não se agarrar perto das crianças e recebe processo por homofobia



O jornalista Marcos Viegas, 33, e seu marido, o professor de educação física Joaquim Garcia, 25, fizeram uma denúncia de homofobia à polícia em Brasília.O alvo é a síndica do prédio onde eles m

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O jornalista Marcos Viegas, 33, e seu marido, o professor de educação física Joaquim Garcia, 25, fizeram uma denúncia de homofobia à polícia em Brasília.

O alvo é a síndica do prédio onde eles moraram por quase um ano, no setor Sudoeste (área nobre de Brasília).

De acordo com o casal, os dois eram sistematicamente discriminados nos ambientes públicos e de lazer do condomínio por serem homossexuais.

Quando o casal se mudou do Rio para o prédio de Brasília, em setembro do ano passado, foi logo alertado por um dos moradores de que não poderia se agarrar em ambientes como a piscina, sob pena de cometer "atentado ao pudor" por se tratar de um local onde havia "famílias e crianças"."Assumidamente não tinha nenhum outro casal homossexual no prédio, que se tratasse por 'amor' ou trocasse carinho", contou Marcos.

"A maior parte das pessoas [do prédio], quando a gente chegava, saía. Fazia carão, comentava."O casal conta que tentou levar a situação com bom humor, nos primeiros meses.

"Brincávamos, até. Muitas vezes dizíamos a nossos amigos que não importava quão cheia estivesse a piscina. Sempre a teríamos inteiramente para o nosso prazer", escreveu Marcos em um post no Facebook.

As regras quando se tratava do casal eram aplicadas duramente, segundo os dois contaram.

Uma das ocasiões foi um teste que eles fizeram ao levar cerveja para a piscina um dia depois que os outros vizinhos tinham feito o mesmo.

Apenas os dois foram repreendidos, destaca Nonato, que registrou em fotos os outros vizinhos com copos e garrafas de cerveja no local.A situação se agravou em maio deste ano, quando o jornalista sofreu uma queda na sauna do prédio.

O acidente resultou em oito pontos na cabeça mas foi visto com desconfiança pela síndica, a enfermeira Andressa Souza, quando eles reportaram o fato e pediram que fosse mudado o piso da sauna para um antiderrapante."A relação era horrível e a minha queda foi o momento mais dramático. Ela sugeriu que eu não caí, mesmo tendo ouvido relato do vizinho que me socorreu", disse Nonato."O meu esposo disse 'eu não sou moleque; eu sou homem' e ela respondeu 'éééé?'", afirmou Marcos, reproduzindo o que teria sido o diálogo. Marcos rebateu com a pergunta: "Você está fazendo deboche?".

Depois da discussão, a síndica convocou um funcionário para prestar queixa contra Nonato. A denúncia foi de agressão moral. Marcos e Joaquim prestaram outra queixa, desta vez de falsa comunicação de crime. Também fizeram queixa-crime de homofobia na delegacia especial de crimes de discriminação racial, religiosa, por orientação sexual, por pessoa idosa ou com deficiência, preconizando um processo.Há quinze dias, Marcos e Joaquim deixaram o apartamento. Entregaram as chaves antes do encerramento do contrato, em janeiro, e pagaram multa. Iniciaram um processo contra o condomínio por causa do acidente. Marcos chamou seu desabafo no Facebook de "longo relato da nossa doença pessoal".

O QUE DIZ A SÍNDICA:

Andressa Souza respondeu à denúncia por meio de uma nota: "Toda e qualquer eventuais acusações já estão sendo investigadas e esclarecidas pelos órgãos competentes, onde sempre estive à disposição. Apenas estou atuando como síndica, no interesse de fazer cumprir as normas condominiais, onde foram infringidas; no caso em questão os rapazes estavam se agarrando e se tocando na frente das crianças e tive que tomar uma atitude".

Fachin toma decisão contundente e põe ‘futuro’ de Lula nas mãos de Cármen Lúcia

News Atual





Ministro relator da Operação Lava Jato, juntamente ao Supremo Tribunal Federal (STF), conferiu à presidente da Corte, importante decisão a ser tomada.

O ministro-relator de todos os casos referentes a processos que decorrem no âmbito das investigações da Operação Lava Jato na mais alta instância do Poder Judiciário do país, Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou decisão contundente em relação ao inquérito por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, que envolve o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Vale ressaltar que o ex-mandatário petista deposita as suas últimas fichas ou última esperança na Suprema Corte brasileira, para que possa evitar um pedido de decretação de prisão em regime fechado, em se tratando do processo pelo qual foi condenado, tanto em primeiro, quanto em segundo graus, relacionado à aquisição do apartamento de luxo tríplex do Guarujá, obtido por meio de recursos ilícitos provenientes de empreiteiras investigadas no mega escândalo de corrupção que acarretou a “sangria” dos cofres públicos da maior estatal brasileira; a Petrobras.
Lula foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, cuja confirmação de condenação foi acatada no Tribunal de segunda instância, que é revisor dos casos da Lava Jato, o Tribunal regional Federal da Quarta Região (TRF4), de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul.
Decisão da mais alta instância
Entretanto, após Lula ter sido condenado em primeira e segunda instâncias, restando apenas o julgamento do último recurso judicial no TRF4; os denominados “embargos de declaração”, além de ter tido rejeitado um habeas corpus preventivo impetrado juntamente ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), de forma unânime por parte de cinco ministros da Corte, o caso caiu nos braços do ministro do Supremo, Luiz Edson Fachin.
Após sucessivas derrotas da defesa do ex-presidente Lula, em relação à apresentação de um habeas corpus preventivo, que vise evitar uma decretação de prisão, o ministro do Supremo, Edson Fachin, decidiu por meio de determinação enfática, que o caso deve ser analisado pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia.
Nesta sexta-feira (16), Fachin rejeitou o habeas corpus preventivo apresentado pelos advogados de defesa do ex-mandatário petista e remeteu o caso para as mãos de Cármen Lúcia. A magistrada estará apta a decidir se pautará ou não para votação em Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).
Vale ressaltar que a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, já deu mostras de que não deve pautar os casos referentes a qualquer medida que busque afastar por meio do “tapetão” a possibilidade de que Lula possa ter que enfrentar a prisão e nem mesmo nova votação que poderia mudar o entendimento da Suprema Corte, em se tratando do cumprimento de detenção, após rejeitados todos os recursos de condenados, após julgamento em segunda instância. Os advogados de defesa do ex-presidente Lula, Sepúlveda pertence e Cristiano Zanin Martins, preferiram não comentar a decisão tomada pelo ministro-relator da Lava Jato no Supremo, Edson Fachin.

Lula liga pra família de Marielle Franco

15 de março de 2018


O ex-presidente Lula, que está no Fórum Social Mundial, em Salvador (BA), ligou há pouco para a mãe e a irmã da ex-vereadora do PSOL do Rio de Janeiro, Marielle Franco, para prestar sua solidariedade e condolências.
Lula participa de evento na cidade hoje e viaja para São Paulo, onde amanhã estará no lançamento do livro sobre o processo contra ele. “A verdade vencerá: o povo sabe por que me condenam”, lançado pela Boitempo, tem 216 páginas de relatos inéditos do ex-presidente sobre os bastidores políticos dos últimos anos e também sobre a perseguição judicial encampada contra o petista.
O evento será às 18h no Sindicato dos Químicos de São Paulo.

terça-feira, 13 de março de 2018

Manifesto do FAMA



MANIFESTO DE CHAMAMENTO AO FÓRUM ALTERNATIVO MUNDIAL DA ÁGUA FAMA 2018

06 de Junho de 2017
O  Fórum Alternativo Mundial da Água –  FAMA 2018 –  acontecerá entre os dias 17 e 22 de março de 2018, em Brasília – DF. Nos dias 17, 18 e 19 as atividades acontecerão na UnB – Universidade de Brasília – e entre os dias 20 e 22 serão realizadas atividades descentralizadas.
É um evento internacional, democrático e que pretende reunir mundialmente organizações e movimentos sociais que lutam em defesa da água como direito elementar à vida.
Este  Fórum pretende unificar a luta contra a tentativa das grandes corporações em transformar a água em uma mercadoria, privatizando as reservas e fontes naturais de água. tentando transformar este direito em um recurso inalcançável  para  muitas populações, que, com isso, sofrem exclusão social, pobreza e se vêm envolvidas em conflitos e guerras de todo o tipo.
Várias entidades brasileiras e internacionais se reuniram e decidiram impulsionar este evento, como continuidade de Fóruns Alternativos anteriores, como os realizados em Daegu, na  Coreia do Sul, e em Marselha, na França.
Este  Fórum  se  contrapõe ao  autodenominado “Fórum Mundial da Água” que é um encontro promovido pelos grandes grupos econômicos que defendem a privatização das fontes naturais e dos serviços públicos de água.
Como  já foi  afirmado  em encontros anteriores o ‘8o Fórum Mundial da Água’ é ilegítimo. É uma feira de negócios que visa promover um mercado que dá acesso às multinacionais do setor de água e do saneamento. A portas fechadas, este evento permite que as grandes empresas tenham acesso privilegiado às decisões dos governos e bloqueiam, a base de corruptelas e subornos, o avanço de políticas públicas globais que resolvam a crise de acesso à água.
Para os organizadores do  “Fórum Alternativo – FAMA2018”,  as políticas públicas de água devem ser debatidas democraticamente com as populações e, em particular, com as comunidades afetadas.
No FAMA 2018 serão debatidos os temas centrais de defesa pública e controle social das fontes de  água, o acesso democrático à água, a luta contra as privatizações dos mananciais, as barragens e em defesa dos povos atingidos, serviços  públicos de água e saneamento e as políticas  públicas necessárias para o controle social do uso da água e preservação ambiental, que garanta o ciclo natural da água em todo o planeta.



Chamamento ao Fórum Alternativo Mundial da Água FAMA2018
“Água é um direito, não mercadoria”
A apropriação da água no contexto global
Resoluções das Nações Unidas reconhecem que a água e o esgotamento sanitário são direitos fundamentais. Não há vida sem água e ela é bem comum que deve ser compartilhado entre toda a humanidade e os demais seres vivos.
A natureza se recria e a água é continuamente renovada em ciclos hidrológicos. Mas nosso planeta sofre uma intensa destruição pelas ações e atividades humanas. O sistema econômico global é extremamente predatório, produzindo uma sinergia e cumulatividade de impactos ao meio ambiente, o que provoca alterações climáticas, poluição e a destruição dos ecossistemas essenciais para a renovação da água.
As iniciativas da sociedade brasileira têm sido incipientes como prática preventiva para proteger a água. Continuam desguarnecidos os elementos vitais para manutenção dos ciclos naturais, como a proteção das florestas para a transposição continental da umidade (rios voadores), imprescindível para a regularidade das chuvas; a falta de gestão adequada do uso e ocupação do solo nas bacias hidrográficas visando proteger os mananciais (nascentes, rios, reservatórios); a manutenção e restauração da vegetação nativa; e o respeito às Áreas de Preservação Permanente e Unidades de Conservação.
O ritmo civilizatório é desumano: a má distribuição e a escassez são agravadas diante da apropriação da água para fins comerciais. Grandes corporações promovem um processo de mercantilização da água nos moldes usuais do mercado global: lucrar e distribuir dividendos a um reduzido grupo de investidores. Isso é inaceitável! Não se pode comprar chuva, não se pode comprar sol…  É um contrassenso tornar a água mera mercadoria e isso levará o mundo a um futuro ainda mais injusto e perigoso.
É injusto porque representa o domínio de poucos sobre o direito de todos. A organização Oxfam denunciou, em 2016, que apenas 8 pessoas no mundo detêm a mesma riqueza que a metade  do planeta, ou seja as 3,5 bilhões de pessoas mais pobres. Essa desigualdade também está presente na posse da água. Corporações como Nestlé, Evian, Cola-Cola, Pepsi-Co, Suez e Veolia dominam fontes de água em todo o mundo e intervêm diretamente na soberania dos países que possuem essa riqueza.
Empresas transnacionais que usam água como base de produção exercem grande influência nas decisões sobre esse bem nos países em que atuam e na própria ONU. Bancos de Wall Street (EUA) e de outros lugares do mundo, além de multibilionários, estão comprando terras onde há reservas de água em todo o planeta, demonstrando que existe grande interesse financeiro por essas áreas estratégicas. Com os processos de privatização, esses investimentos vêm sendo altamente lucrativos.
O capitalismo também leva à perda do controle social, democrático e comunitário sobre os recursos naturais, convertendo direitos em mercadorias e limitando o acesso dos povos aos bens e serviços necessários à sobrevivência.
A história tem demonstrado que a gestão ética não é uma virtude das corporações econômicas, que chegam ao extremo de estimular crises políticas e econômicas, a financiar golpes de Estado e a impor estados de exceção. Há inúmeros registros de estratégias para privilegiar interesses econômicos, como fraudes em licitações, chantagem, suborno, cooptação, superfaturamento e corrupção. Por outro lado, a história também tem revelado a luta dos povos diante das contradições e conflitos cada vez mais numerosos e intensos pelo uso da água, visando a construção de um modelo de desenvolvimento com sustentabilidade (ecológica, social, espacial, cultural, econômico-financeira etc.) para países e até continentes, como a América do Sul e a África.
A concentração em poucas mãos da terra rural e urbana; o uso inapropriado do solo e das águas por meio do desmatamento, impermeabilização do solo, lançamento de resíduos líquidos e sólidos; a construção excessiva e sem o devido controle de projetos de infraestrutura hídrica, a exemplo de barragens; além da contaminação do solo, do ar e da água pelo uso de agrotóxicos, são a expressão de um modelo predador, que espolia não só o trabalho, mas também o patrimônio ambiental e sociocultural. Há destruição e exclusão, enquanto deveria haver sustentabilidade e proteção do meio ambiente e da vida, para as atuais e futuras gerações.
Se historicamente este tem sido um processo injusto, agora se tornou perigoso. O Papa Francisco, por meio da encíclica Laudato Si, afirma: “É previsível que, frente ao esgotamento de alguns recursos, seja criado gradualmente um cenário favorável para novas guerras, disfarçadas de reivindicações nobres(…). Enquanto a qualidade da água disponível está em constante deterioração, há uma tendência crescente em alguns lugares de privatizar este recurso limitado (…). Espera-se que o controle da água por grandes empresas globais torne-se uma das principais fontes de conflito neste século”.
Diante disso, todos devem reagir e defender-se de um modelo econômico que considera água e natureza como mero ativo de mercado, impondo um modelo ineficaz para prover acesso à água e ao saneamento para o conjunto da humanidade. Gerir bens comuns não é adequado ao perfil de empresas que visam lucro, portanto jamais será a base de uma economia sustentável, solidária e democrática, pois ameaça as espécies vivas, destrói os ecossistemas da Terra e a convivência pacífica entre os seres humanos.
A água como bem comum
A água é um bem comum. Isso nos leva a compreender também que sua gestão precisa considerar os interesses das comunidades locais, em especial os excluídos ou silenciados frente à forte voz do mercado, por meio de um processo democrático de debate e decisão sobre projetos que interferem no uso da água e da terra, especialmente no caso de empreendimentos de infraestrutura hídrica.
É preciso construir uma nova cultura da água, sustentada em valores éticos, ecológicos e culturais que garantam a inclusão e a justiça socioambiental, prezando pela transparência e participação popular ampla e representativa dos diferentes setores da sociedade.
É fundamental a compreensão de que a água é um bem comum que não pode ser gerido por interesses privados e que, mesmo uma gestão do Estado, que em teoria deveria prezar pelo bem comum, sem controle social e participação democrática, poderá priorizar o atendimento aos grandes interesses privados, como ocorre em casos de concessões de uso de fontes para exploração mineral, parcerias público-privadas dos serviços de saneamento público, entre outros.
O descaso que mata
A água contaminada mata mais de meio milhão de pessoas por ano e contribui para a disseminação de enfermidades. Em 80% dos países, o investimento para o abastecimento de água, o esgotamento sanitário e a higiene são insuficientes para alcançar as metas de salubridade pretendidas.
Segundo a ONU, cerca de 663 milhões de pessoas no mundo não têm acesso a fontes adequadas de água, 946 milhões praticam a defecação ao ar livre e a “água poluída é mortal para crianças severamente desnutridas, assim como falta de comida”.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alerta que mais de 800 crianças, com menos de 5 anos, morrem todos os dias de diarreia associada à falta de água e de higiene. Aproximadamente 27 milhões de pessoas não têm acesso à água potável em países que enfrentam ou estão em risco de fome – como Iêmen, Nigéria, Somália e Sudão do Sul.
Gênero e acesso à água
A desigualdade de gênero também sofre o impacto da falta de acesso à água. A escassez e má distribuição leva mulheres a percorrerem longas e íngremes distâncias para obter água.
A UNICEF alerta que, globalmente, mulheres e meninas gastam 200 milhões de horas coletando água todos os dias. Sacrificam-se pelo bem dos seus, pela natureza ao redor, pela agricultura familiar e pelos animais que criam. E a feminização da pobreza é crescente. Conforme dados da ONU, 70% das pessoas que vivem em situação de pobreza no mundo são mulheres, atingindo em especial as negras, latinas, indígenas e imigrantes.
As mulheres são as principais responsáveis pelos cuidados familiares e da casa, portanto possuem necessidade premente de acesso à água potável e ao esgotamento sanitário, o que é impedido pela lógica da mercantilização e pela omissão dos poderes públicos.
A gestão da água no Brasil
O esgotamento sanitário guarda profunda relação com a saúde pública, sobretudo com as doenças de veiculação hídrica. É fato que quanto mais se investe, menos se onera o sistema de saúde, promovendo a saúde coletiva.
No entanto, o relatório “Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto” de 2015, elaborado pelo Ministério das Cidades, registra que, no Brasil, os níveis para atendimento de água por meio da rede pública eram de 83,3% e os níveis de coleta de esgoto total de 50,3%. Apenas 42,7% do total de esgoto gerado era, naquele ano, efetivamente tratado. As periferias, as áreas de ocupação irregular, os quilombos, as aldeias indígenas e as comunidades tradicionais concentram os excluídos do acesso ao saneamento básico no País.
No Brasil, as companhias estaduais e as autarquias municipais detêm notória expertise sobre o tema de saneamento básico, especialmente na água e no esgotamento sanitário. Mas a “terceirização” dos serviços, em especial nas atividades de operação e manutenção desses sistemas, apresenta resultados com baixa qualidade, afetando funcionários com a alta rotatividade e a redução ou perdas dos benefícios previstos na legislação trabalhista. Além disso, verificam-se os problemas comuns encontrados na gestão privada da água, como a falta de investimento em infraestrutura, o aumento de tarifas e dos danos ambientais.
A universalização do acesso com qualidade e integralidade só será possível com o fortalecimento do papel do Estado, com investimentos públicos suficientes e com transparência e controle social.
A experiência internacional tem revelado que a matriz pública da prestação dos serviços é mais adequada. A onda de privatização dos anos 1990-2000, estimulada pelas instituições financeiras internacionais e por gigantes operadoras do hidronegócio, que atingiu algumas cidades, principalmente da Europa, agora vem sendo revertida pela retomada dos serviços pelas municipalidades.
Nos últimos 15 anos, há notícia de, pelo menos, 180 casos de remunicipalização dos serviços de saneamento em 35 países, tanto do hemisfério Norte como do Sul. Dos 180 casos, 136 ocorreram em cidades  como, Atlanta e Indianápolis (EUA), Accra (Ghana), Berlim (Alemanha), Buenos Aires (Argentina), Budapest (Hungria), Kuala Lumpur (Malásia), La Paz (Bolívia), Maputo (Moçambique) e Paris (França).
A desmercantilização dos serviços públicos de saneamento, especialmente dos que envolvem água e esgotamento sanitário, é uma tarefa para a geração atual, especialmente em países aonde persiste a dominação colonialista como o Brasil, que conviveu com a espoliação de seu patrimônio natural durante séculos, e onde o aumento de passivos ambientais e a falta de investimento para sustentabilidade e segurança hídrica são históricos. Esse cenário aponta, no médio prazo, para a impossibilidade de correção dos efeitos nocivos provocados pelo modelo atual, o que poderá condenar a sociedade a um futuro inseguro.
CHAMAMENTO AOS POVOS PARA O FÓRUM ALTERNATIVO MUNDIAL DA ÁGUA
Coletivamente rejeitamos o controle das empresas privadas sobre o patrimônio natural que é a água. Como cidadãos, sindicatos, organizações humanitárias e de defesa do meio ambiente, entendemos ser nosso dever e obrigação protestar contra a apropriação do mercado sobre um direito humano fundamental. Assim, deliberamos por conclamar a humanidade à realização do FÓRUM ALTERNATIVO MUNDIAL DA ÁGUA – FAMA 2018.
Essa iniciativa é imprescindível, pois em março de 2018, o Brasil sediará a 8ª edição do Fórum Mundial da Água (FMA), evento organizado pelo Conselho Mundial da Água a cada três anos desde 1997, que conta com orçamento milionário que serve  para atrair dezenas de milhares de participantes e validar as  políticas de privatizações dos governos e funciona  como  balcão de negócio das grandes  empresas do  setor de água. As discussões preparatórias a este evento, apontam para o objetivo, mesmo que não totalmente explicitado, de direcionar e Influenciar tomadas de decisão dos governos e a opinião pública para uma visão e gestão privatista dos recursos hídricos.
Apesar de  ser  a 8a Edição este Fórum não  possui a  legitimidade que  pretende  ter  para representar  os  anseios colocados  pela  maioria dos  povos  do  planeta em relação ao  acesso  à  água. Muito  pelo contrário, este  Fórum de empresas  representa  realmente  um perigo.
O Fórum e o Conselho são vinculados às grandes corporações multinacionais, que têm como meta impulsionar a mercantilização da água; a intensificação das práticas de transposição de bacias hidrográficas, que privilegiam o atendimento das demandas do agronegócio intensivo e da indústria pesada, a qualquer preço, em detrimento da sua gestão democrática para o bem comum; a construção de barragens que afetam populações ribeirinhas sem considerar impactos sociais e culturais; a apropriação e controle dos aquíferos subterrâneos; entre outros.
Na realidade, imposto pelo FMA, há um avanço e predominância do protagonismo do mercado global. O FMA se tornou um espaço para alavancar a oportunidade de negócios. Ao contrário do que prega, não é democrático e inclusivo – e cabe a sociedade contemporânea desmistificar seu discurso, que se apresenta como neutro e universal, quando na verdade privilegia velhas fórmulas para viabilizar interesses econômicos.
Para se contrapor a esta visão mercantilista e entendendo que a água é um direito e não mercadoria, bem comum da humanidade e de todos os seres vivos, dezenas de entidades da sociedade civil, de defesa do meio ambiente, de representação sindical de trabalhadores, movimentos sociais e populares, do Brasil e do exterior, decidiram realizar o FÓRUM ALTERNATIVO MUNDIAL DA ÁGUA – FAMA 2018, a exemplo do que ocorreu em outros países nas reuniões anteriores. Para organizar os primeiros passos, ocorreram reuniões em São Paulo a partir de fevereiro de 2017.
Nossa iniciativa questiona a legitimidade do Fórum Mundial da Água como espaço político para promoção da discussão sobre os problemas relacionados ao tema em escala global, envolvendo governos e sociedade civil. Dizemos NÃO ao Fórum Mundial da Água, apontando a falta de independência, representatividade e legitimidade do conselho organizador, por estar comprometido com empresas que têm como objetivo a mercantilização da água. Isso significa um conflito intransponível entre interesses econômicos e o direito fundamental e inalienável à água, bem comum da humanidade e de todos os seres vivos.
Objetivos do Fórum Alternativo Mundial da Água – FAMA
São objetivos principais do FAMA:
1. Ser um evento democrático, transparente, participativo, descentralizado e acessível, cuja realização ocorrerá simultaneamente e em contestação ao Fórum Mundial da Água. Terá a função de discutir problemas relacionados à água e ao saneamento, como direito fundamental, nas suas mais variadas interfaces, em busca de soluções que representem sustentabilidade e segurança hídrica para os seres humanos e a manutenção da vida na Terra.
2. Sensibilizar e mobilizar a população sobre o tema e a problemática da água e do saneamento, empreendendo amplo debate público em todo o País por meio de seminários, aulas públicas, oficinas, atividades culturais, atos ecumênicos etc.
3. Desenvolver um processo de sensibilização/mobilização que deverá servir à construção e realização do FAMA, visando ainda colocar o debate de forma permanente na agenda da sociedade em nível mundial.
4. Denunciar a ilegitimidade do 8º FMA e responsabilizar governos pelo uso de recursos públicos na promoção de interesses privados.
5. Propor e cobrar ações para os governos, visando políticas públicas de pleno acesso à água e ao saneamento, como direito fundamental e com amplo reconhecimento das Nações Unidas.
6. Reforçar a luta contra a mercantilização da Água.
7. Utilizar o lema “ÁGUA É DIREITO E NÃO MERCADORIA”, visando popularizar o tema, intensificar ações e unificar os esforços de ​ cidadãos, coletivos e entidades que atuam nas mais variadas áreas ligadas à água, como abastecimento, saneamento básico, direitos humanos, atingidos por barragens, combate aos agrotóxicos, agricultura, meio ambiente, moradia etc.
8. Tornar estas ações um processo permanente, na perspectiva inicial de criação de espaços públicos de discussão, como comitês populares, para a construção do Fórum Alternativo Mundial da Água em todos os Estados brasileiros e, em segundo momento,   promover a organização permanente onde os comitês populares formados ​para a construção do Fórum​ venham a se transformar em comitês de mobilização em defesa da água e do saneamento.
9. Viabilizar esses objetivos com ampla articulação e apoio da cidadania e de organizações, que possam integrar-se ao processo e colaborar com recursos financeiros, materiais e humanos.
Finalmente, o FAMA deve retratar e promover a tomada de consciência política da sociedade para que ela se apodere dos destinos do uso da água em cada lugar no mundo. Deve trazer à luz o que de melhor a humanidade pode almejar, dentro do exercício da ética em relação à vida e seus elementos essenciais de sustentação. Neste sentido, chamamos os  povos à  preservação ética do  ciclo da água para a proteção da vida e dos ecossistemas, em que todas as espécies crescem e  se reproduzem. Água deve estar a serviço dos povos de forma soberana, com distribuição da riqueza e sob controle social legítimo, popular, democrático, comunitário, isento de conflitos de interesses econômicos, garantindo assim justiça e paz para a humanidade.
Água é um direito, não mercadoria!
Conheça as entidades que integram a Coordenação Nacional do FAMA:
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB
Articulação Semiárido Brasileiro – ASA
Associação Brasileira Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento – Assemae
Associação Brasileira de Saúde Coletiva – ABRASCO
Cáritas
Central de Movimentos Populares – CMP
Central Sindical das Américas – CSA
Comissão Pastoral da Terra – CPT
Comitê FAMA do Distrito Federal e Entorno
Confederação Nacional das Associações de Moradores – Conam
Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas – CONAQ
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG
Confederação Nacional dos Urbanitários – CNU
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC
Conselho Nacional das Populações Extrativistas – CNS
Central Única dos Trabalhadores – CUT Nacional
Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros – Fisenge
Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal – FENAE
Federação Nacional dos Urbanitário – FNU
Federação Única dos Petroleiros – FUP
Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento – FBOMS
Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social – FMCJS
Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental – FNSA
Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental – Proam
Internacional de Serviços Públicos – ISP
Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil – MPP
Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB
Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA
Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra – MST
Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto – MTST
ONG Proscience
Rede Mulher e Mídia
Serviço Interfrancisacno de Justiça Paz e Ecologia – Sinfrajupe
Sociedade Internacional de Epidemiologia Ambiental – ISEE
FASE – Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional
MMM – Marcha Mundial das Mulheres