O voo MH17, da companhia Malasia Airlines,caiu por razões ainda desconhecidas
Publicado em 19/07/2014, às 18h18
Da AFP
Ucrânia e Malásia acusaram neste sábado (19) os rebeldes pró-russos de terem alterado as provas no lugar onde caiu o avião malaio no leste da Ucrânia, o que pode falsificar o investimento a queda da aeronave.Os principais dirigentes mundiais pedem o início imediato de uma investigação da queda do avião que matou as 298 pessoas a bordo. O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que seu país está profundamente preocupado com as dificuldades que se apresentam para dar início às investigações.
Neste sentido, a chefe do governo alemão, a chanceler Angela Merkel, e o presidente russo, Valdimir Putin, "entraram em acordo para que uma comissão internacional e independente, sob a direção da Organização de Aviação Civil Internacional (OAIC), possa ter rapidamente acesso do acidente para esclarecer as circunstâncias da queda e resgatar as vítimas", informou o governo alemão em um comunicado.
Mas o ministro dos Transportes malaio, Liow Tiong Lai, que viajou para a Ucrânia, alertou que "a integridade do local está comprometida"."Há informações que mostram que provas vitais não foram mantidas no lugar. As interferências no local da queda podem corromper a investigação", declarou. "Não impedir tais interferências é uma traição às vidas que se perderam", acrescentou em coletiva de imprensa. "O mais importante agora é averiguar quem derrubou o avião. Pedimos justiça", concluiu.
Quase ao mesmo tempo, o governo ucraniano acusava os rebeldes do leste do país, suspeitos de ter derrubado o avião comercial malaio, de "tentar destruir, com o apoio da Rússia, as provas deste crime internacional". Isto dificultará o trabalho das primeiras equipes de investigação estrangeiras, holandeses e malaios, que chegaram ao leste da Ucrânia controlado pelos separatistas onde caiu o avião na tarde desta quinta-feira.
O voo MH17, da companhia Malasia Airlines, que viajava de Amsterdã a Kuala Lumpur caiu por razões ainda desconhecidas, embora tudo indique que foi derrubado por um míssil que matou seus 298 ocupantes.
A Rússia criticou neste sábado as acusações dos Estados Unidos segundo as quais os rebeldes pró-russos são responsáveis pela queda do avião, provavelmente abatido por um míssil."Os comunicados do governo americano são a prova da percepção profundamente aberrante de Washington do que está acontecendo na Ucrânia", declarou às agências de notícias russas o vice-chanceler Sergei Ryabkov.Apesar do clima de tensão, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, e seu colega americano John Kerry concordaram neste sábado, durante uma conversa por telefone, em utilizar de sua influência para acabar com o conflito na Ucrânia, segundo a chancelaria russa.
Os diplomatas também estão de acordo com a necessidade de uma investigação internacional equitativa, aberta e independente para esclarecer o que aconteceu com o avião malaio ao sobrevoar o leste da Ucrânia.A zona de impacto fica em uma área controlada pelos rebeldes, perto da cidade de Shajarsk. O conflito armado entre os separatistas pró-russos, que rechaçaram um cessar-fogo, e o governo de Kiev dificulta as operações de investigação e identificação dos cadáveres.
"Os terroristas levaram 38 cadáveres de vítimas para o necrotério de Donetsk, onde especialistas com um forte sotaque russo declararam que fariam autópsia", informou em uma declaração oficial.O governo acusa os rebeldes de não permitir aos órgãos competentes ucranianos começar a investigação e não deixar que os representantes e especialistas estrangeiros vão ao local onde estão os restos do avião.
O líder dos separatistas confirmou no sábado aos jornalistas da AFP em Grabove que os corpos foram levados ao necrotério de Donetsk. Os combatentes pró-russos impediam o acesso ao perímetro do avião.Mark Rukke, o primeiro-ministro da Holanda, de onde são 192 das 298 vítimas, manteve a este propósito uma "conversa muito intensa com o presidente russo", segundo informou Haia."Ele tem que assumir suas responsabilidades para facilitar o acesso ao local da queda", acrescentou.
"Não vemos que a Rússia esteja usando sua influência de forma eficácia para conseguir que os separatistas, que estão em controle do local, permitam o acesso de que necessitamos", declarou o ministro das Relações Exteriores britânico, Philip Hammond.
Várias pessoas usando uniformes e luvas brancas e azuis saiam de um campo de trigo para colocar os pedaços de corpos em grandes sacos pretos. A operação é realizada sob controle rebelde.Em sua declaração, o governo de Kiev pede à Rússia que "retirar seus terroristas e permita aos especialistas ucranianos e internacionais fazer um exame de todos os aspectos da tragédia".
Moscou, por sua vez, exigiu neste sábado a Kiev outorgar aos especialistas internacionais acesso aos documentos de seu arsenal de mísseis ar-ar e terra-ar. Na sexta-feira, o ministério russo da Defesa, afirmou que os sistemas de mísseis Buk, do exército ucraniano, o tipo de armamento suspeito de ter derrubado o Boeing malaio, estavam ativos no dia da catástrofe.
O conflito, que se mantinha neste sábado com combates em Lugansk, recrudesceu também na frente diplomática. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apontou na sexta-feira os separatistas pró-russos como responsáveis e assegurou que tinham o apoio da Rússia.Na sexta-feira, cerca de trinta inspetores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) foram a primeira equipe internacional a chegar ao local mas afirmaram ter tido só um "acesso limitado".A polícia holandesa mandou no sábado várias equipes a visitar as famílias das vítimas para captar amostras de DNA e compilar informação que ajude a identificar os corpos.
No campo, as forças de Kiev declararam ter retomado o controle do sudeste da cidade de Lugansk, cidade de quase 500.000 habitantes, principal bastião dos rebeldes, ao lado de Donestk.
Neste sentido, a chefe do governo alemão, a chanceler Angela Merkel, e o presidente russo, Valdimir Putin, "entraram em acordo para que uma comissão internacional e independente, sob a direção da Organização de Aviação Civil Internacional (OAIC), possa ter rapidamente acesso do acidente para esclarecer as circunstâncias da queda e resgatar as vítimas", informou o governo alemão em um comunicado.
Mas o ministro dos Transportes malaio, Liow Tiong Lai, que viajou para a Ucrânia, alertou que "a integridade do local está comprometida"."Há informações que mostram que provas vitais não foram mantidas no lugar. As interferências no local da queda podem corromper a investigação", declarou. "Não impedir tais interferências é uma traição às vidas que se perderam", acrescentou em coletiva de imprensa. "O mais importante agora é averiguar quem derrubou o avião. Pedimos justiça", concluiu.
Quase ao mesmo tempo, o governo ucraniano acusava os rebeldes do leste do país, suspeitos de ter derrubado o avião comercial malaio, de "tentar destruir, com o apoio da Rússia, as provas deste crime internacional". Isto dificultará o trabalho das primeiras equipes de investigação estrangeiras, holandeses e malaios, que chegaram ao leste da Ucrânia controlado pelos separatistas onde caiu o avião na tarde desta quinta-feira.
O voo MH17, da companhia Malasia Airlines, que viajava de Amsterdã a Kuala Lumpur caiu por razões ainda desconhecidas, embora tudo indique que foi derrubado por um míssil que matou seus 298 ocupantes.
A Rússia criticou neste sábado as acusações dos Estados Unidos segundo as quais os rebeldes pró-russos são responsáveis pela queda do avião, provavelmente abatido por um míssil."Os comunicados do governo americano são a prova da percepção profundamente aberrante de Washington do que está acontecendo na Ucrânia", declarou às agências de notícias russas o vice-chanceler Sergei Ryabkov.Apesar do clima de tensão, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, e seu colega americano John Kerry concordaram neste sábado, durante uma conversa por telefone, em utilizar de sua influência para acabar com o conflito na Ucrânia, segundo a chancelaria russa.
Os diplomatas também estão de acordo com a necessidade de uma investigação internacional equitativa, aberta e independente para esclarecer o que aconteceu com o avião malaio ao sobrevoar o leste da Ucrânia.A zona de impacto fica em uma área controlada pelos rebeldes, perto da cidade de Shajarsk. O conflito armado entre os separatistas pró-russos, que rechaçaram um cessar-fogo, e o governo de Kiev dificulta as operações de investigação e identificação dos cadáveres.
"Os terroristas levaram 38 cadáveres de vítimas para o necrotério de Donetsk, onde especialistas com um forte sotaque russo declararam que fariam autópsia", informou em uma declaração oficial.O governo acusa os rebeldes de não permitir aos órgãos competentes ucranianos começar a investigação e não deixar que os representantes e especialistas estrangeiros vão ao local onde estão os restos do avião.
O líder dos separatistas confirmou no sábado aos jornalistas da AFP em Grabove que os corpos foram levados ao necrotério de Donetsk. Os combatentes pró-russos impediam o acesso ao perímetro do avião.Mark Rukke, o primeiro-ministro da Holanda, de onde são 192 das 298 vítimas, manteve a este propósito uma "conversa muito intensa com o presidente russo", segundo informou Haia."Ele tem que assumir suas responsabilidades para facilitar o acesso ao local da queda", acrescentou.
"Não vemos que a Rússia esteja usando sua influência de forma eficácia para conseguir que os separatistas, que estão em controle do local, permitam o acesso de que necessitamos", declarou o ministro das Relações Exteriores britânico, Philip Hammond.
Várias pessoas usando uniformes e luvas brancas e azuis saiam de um campo de trigo para colocar os pedaços de corpos em grandes sacos pretos. A operação é realizada sob controle rebelde.Em sua declaração, o governo de Kiev pede à Rússia que "retirar seus terroristas e permita aos especialistas ucranianos e internacionais fazer um exame de todos os aspectos da tragédia".
Moscou, por sua vez, exigiu neste sábado a Kiev outorgar aos especialistas internacionais acesso aos documentos de seu arsenal de mísseis ar-ar e terra-ar. Na sexta-feira, o ministério russo da Defesa, afirmou que os sistemas de mísseis Buk, do exército ucraniano, o tipo de armamento suspeito de ter derrubado o Boeing malaio, estavam ativos no dia da catástrofe.
O conflito, que se mantinha neste sábado com combates em Lugansk, recrudesceu também na frente diplomática. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apontou na sexta-feira os separatistas pró-russos como responsáveis e assegurou que tinham o apoio da Rússia.Na sexta-feira, cerca de trinta inspetores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) foram a primeira equipe internacional a chegar ao local mas afirmaram ter tido só um "acesso limitado".A polícia holandesa mandou no sábado várias equipes a visitar as famílias das vítimas para captar amostras de DNA e compilar informação que ajude a identificar os corpos.
No campo, as forças de Kiev declararam ter retomado o controle do sudeste da cidade de Lugansk, cidade de quase 500.000 habitantes, principal bastião dos rebeldes, ao lado de Donestk.
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