Páginas

Pesquisar este blog

sábado, 13 de maio de 2017

Empresas terceirizadas pelas Lojas Marisa utilizam trabalho escravo

13 de maio de 2017
Ação dos fiscais do trabalho de São Paulo que resultou na autuação da Marisa flagrou imigrantes trabalhando em condições degradantes. Foto: Maurício Hashizume / Repórter Brasil.
Na cadeia produtiva, uma empresa compra os tecidos, faz o primeiro corte e subcontrata a costura; a segunda faz a costura das peças; e uma terceira presta serviços de acabamento, revisão, arremate e controle de qualidade.

Via Senado em Discussão em 12/12/2012

Caracterizadas pelos fiscais como “pseudoempresas interpostas”, essas confecções funcionavam, na avaliação dos auditores, “como verdadeiras células de produção” da Marisa, encobrindo relação de emprego, razão pela qual o magazine foi responsabilizado pelas multas e acertos financeiros com os empregados da pequena confecção.

O magazine recebeu 43 autos de infração, num total de R$633,6 mil em multas, dos quais R$394 mil se referiam à sonegação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Os auditores também exigiram que a empresa fizesse o registro e a rescisão dos contratos de trabalho, e pagasse os direitos ­correspondentes.

Por conta de denúncias anteriores relacionando as Lojas Marisa e o trabalho escravo – assim como outros magazines do setor têxtil –, as empresas já haviam assinado um termo de ajustamento de conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT) em 2007, comprometendo-se a evitar ligações com oficinas com trabalho ilegal.

Após a fiscalização de 2010, a Marisa anunciou que implantaria um novo modelo de certificação para combater o trabalho degradante. Novo TAC foi assinado em setembro de 2010, responsabilizando a empresa por verificar as condições e contratos de trabalho dos empregados de toda a sua cadeia produtiva.

Entre os imigrantes libertados em São Paulo, 16 são bolivianos – entre eles um adolescente – e um peruano. A maioria dos bolivianos vinha de El Alto, cidade vizinha à capital La Paz. Eles disseram terem sido atraídos pelas histórias de sucesso de parentes que vieram para o Brasil. O único peruano disse que era de Cusco e não tinha o visto temporário.

Segundo o Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco, o número de costureiras na região caiu de 180 mil, na década de 1990, para cerca de 80 mil, em 2006. Como a demanda do setor cresceu muito nesse mesmo período, a situação flagrada na oficina de costura seria, para a entidade, um dos motivos para a redução drástica de empregos formais no setor.
***
LOJAS MARISA APELAM À CANALHICE NO DIA DAS MÃES
Via Brasil 247 em 12/5/2017


“Se sua mãe ficar sem presente, a culpa não é da Marisa”, diz o post de sexta-feira, dia 12/5, das Lojas Marisa.

A “piada” seria uma referência ao depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sergio Moro, como se ele tivesse culpado a ex-primeira-dama pelo suposto caso do tríplex.

Ocorre que Lula manteve a mesma versão que sempre sustentou: a de que Marisa tinha uma cota, mas não exerceu o direito de adquirir a propriedade.

Ou seja: as Lojas Marisa apenas compraram a versão canalha de determinados meios de comunicação que, sem provas materiais contra Lula, passaram a atacar suas supostas falhas morais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário