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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Maracatu » ONG luta pela valorização da cultura em Olinda

Com atuação em 20 países, o Instituto de Cooperação Econômica Internacional tem 
representação há dez anos na Cidade Alta

Publicação: 28/05/2015 19:23


Maracatu Leão Coroado. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press
Maracatu Leão Coroado. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press

Com atuação em 20 países, o Instituto de Cooperação Econômica Internacional (Icei), que tem representação há dez anos na Cidade Alta, em Olinda, está desenvolvendo novos projetos para o biênio 2015/2016. A ONG trabalha em ferramentas de divulgação e valorização da história do Maracatu Leão Coroado, fundado há 153 anos.

O instituto promove iniciativas de cultura e inclusão social, apoiado pelos atores da cultura popular, através do projeto Turismo da Gente. Entre as realizações estão o Pernambuco agroecológico, Olinda patrimônio cotidiano: memória coletiva de seus moradores e Cineclube Ilê: histórias da nossa terra.

A gestora Lia Miceli conta que o projeto de resgate e valorização do maracatu é importante para o conhecimento das gerações futuras. “Hoje o acervo do Leão Coroado está muito espalhado. São roupas, fotos, adereços de uma história que não pode ser perdida.” A cultura dos povos africanos e sua mistura com a população local serão reunidos em um livro que servirá como objeto de pesquisa para os estudiosos e diversas pessoas no futuro sobre a origem do grupo cultural.

“Apesar de ter origem na Itália, aqui tentamos agir como uma ONG brasileira. É um patrimônio muito rico e o Leão foi identificado como um grupo que precisa ser guardado”, comentou Lia.

Atualmente, o grupo não tem estrutura que comporte todo o acervo centenário. A partir do projeto, financiado pela Funcultura e governo do estado, o Icei elaborou um livro com a cultura, fotos e oralidade tradicionais do maracatu, um CD com músicas conhecidas do grupo, um documentário de 15 minutos contando sua história e origem. Também organizou o arquivo já existente na sede e reformulou o portal do Leão Coroado.

“Sabemos que se não há o momento de encontro com a cultura, rapidamente se perde a massividade das coisas. O projeto também trará oficinas”, disse Lia.

Outro projeto de destaque, o Olinda: patrimônio cotidiano conta histórias dos moradores através de fotografias, documentário e programa de rádio. Na segunda etapa, um livro trará histórias de 40 moradores da cidade. Ao todo foram entrevistadas 180 pessoas. “Eu encontro as pessoas na rua e começo a lembrar das histórias delas. O que acontece muito é que vivem na mesma rua, ou muito próximas das outras, e não conhecem as histórias incríveis que existem”, disse Marcelo dos Santos, 30 anos, que realizou as entrevistas.

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