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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

A democracia é ameaçada por um governo que está na margem de erro

Brasil

5 de outubro de 2017 - 11h23 



Foto: Reprodução/Flickr
  
“Nós precisamos ter soberania na economia, precisamos ter soberania nos instrumentos estratégicos de desenvolvimento, nós precisamos ter respeito à liberdade, à democracia dos seres humanos, à liberdade de expressão, à liberdade de viver, e à liberdade da arte e da criatividade”, defendeu a parlamentar em discurso no dia 3 de outubro, por ocasião dos 64 anos da lei que criou a Petrobras.

“Uma lei de Getúlio Vargas, de nº 2004, fundou a empresa, apesar de muitas opiniões em contrário, que diziam - obviamente por interesses que não eram brasileiros, não eram nacionais -, que o Brasil não tinha petróleo. Esse era o discurso predominante de muitos para impedir que o Brasil tivesse a estratégica possibilidade de ter a sua fonte energética de desenvolvimento, que seria exatamente o petróleo”, lembrou Jandira.

E acrescentou: “Vejam que hoje, em 2017, nós não temos apenas o petróleo, mas somos líderes mundiais em tecnologia de águas profundas, descobrimos o pré-sal — e aqui vai uma homenagem ao geólogo Guilherme Estrella, que é o responsável maior por essa descoberta durante o Governo Lula — e hoje somos referência em petróleo e muito cobiçados no mundo pelo volume das reservas que temos no Brasil”.

Para a deputada, a soberania é, antes de tudo, “um direito do povo brasileiro, porque somos uma Nação, não somos colônias das grandes potências, não temos que abaixar a cabeça para o império americano, nem para império nenhum”.

Jandira destacou ainda as manifestações realizadas no Rio de Janeiro e em diversas cidades do país em rechaço a agenda entreguista de Temer. Citando particularmente os atos realizados no Rio de Janeiro, que reuniu mais de 50 mil pessoas, a deputada comunista afirmou que as manifestações são “uma profunda demonstração de brasilidade, de patriotismo e, ao mesmo tempo, de vinculação com a soberania popular”.



Crise política

Sobre a crise política, Jandira defendeu a formação de uma ampla frente em defesa da democracia, que está em xeque após o golpe de 2016, que afastou a presidenta Dilma Rousseff.

“Uma democracia que todo dia é ameaçada pelo autoritarismo de um governo que está na margem de erro, que está na lona, que não tem legitimidade nem apoio popular; uma democracia ameaçada por uma hipertrofia de poderes do sistema de Justiça, que acha que determina, por fora da política, os rumos da política brasileira; uma democracia ameaçada por militares que se insinuam falando em intervenção; uma democracia ameaçada por retirada de direitos; uma democracia ameaçada por manifestações fascistas contra a arte brasileira, dentro dos museus, onde prefeitos, falando em nome do poder público, querem proibir manifestações de arte, como de São Paulo e do Rio de Janeiro”, enfatizou.

“Nós não podemos admitir que o conservadorismo e o fascismo vençam!”, conclamou Jandira, salientando que, na atual conjuntura, as divergências não podem estar acima da democracia. Rebatendo o discurso da criminalização da política insuflado pela mídia, Jandira reforçou a importância dos partidos políticos para a democracia e repeliu a proposta de candidatura avulsa, que é tema de uma ação que será debatida no Supremo Tribunal Federal.

“Aqui, nós temos divergências, sim, e várias, em vários aspectos. Mas com democracia não se brinca, com partidos políticos que têm representação não se brinca. Se eles têm representação, é porque tiveram votos. Se tiveram votos, é porque parcela da sociedade se enxerga nesses partidos. Os partidos têm que ser respeitados. O que é isso agora na pauta do Supremo Tribunal Federal, candidatura avulsa? Não cabe candidatura avulsa!”. Advertiu.

E segue: “Precisamos respeitar a representação dos partidos, precisamos respeitar a institucionalidade brasileira. Que se resolva isso pela soberania do voto popular, por regras democráticas, mas não por intervenção de Poderes”.
 

Do Portal Vermelho

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