Ampliação custará R$ 9 mi com recursos provenientes dos Governos Federal e Estadual
11/02/2014 08:04 - Renata Coutinho, Folha de Pernambuco
A Maternidade Brites de Albuquerque, em Olinda, ganhará 73 novos leitos em um ano emeio, o que deve triplicar a sua capacidade de atendimento para 450 entradas ao mês. A ordem de serviço para as obras foi assinada ontem, pelo prefeito Renildo Calheiros, e a ampliação custará R$ 9 milhões com recursos provenientes dos Governos Federal e Estadual, além da contra partida municipal.
O objetivo é mudar o perfil da maternidade, que atualmente é de risco habitual, para alto risco, e inseri-la como centro de referência em Obstetrícia e Neonatologia também para a Zona da Mata Norte, através de contratualizações de leitos pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Até o projeto físico ficar pronto, a direção da unidade e a Secretaria de Saúde de Olinda terão outro desafio: o déficit profissional. A falta de médicos ainda prejudica a escala de plantões, que estão descobertos aos sábados e domingos. A promessa é que o quadro comece a ser adequado nas próximas semanas, e ao longo dos meses incrementado com um novo concurso público.
A nova estrutura da Brites de Albuquerque incluirá seis enfermarias com quatro leitos cada; dez enfermarias com dois leitos; seis de pré e pós parto; nove pré-parto; dois de triagem; dois de recuperação cirúrgica; e um de isolamento.
A unidade também ganhará os seus primeiros leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Serão dez UTIs adulto, outras dez de neonatal e 14 vagas na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI). A ampliação contemplará a construção demais duas salas de cirurgia para partos cesarianos, aumentando para quatro o número de salas para o procedimento.
A gestora da Maternidade, Alessandra Reis, destacou também a construção da Casa da Gestante. “Como teremos o alto risco, podemos ter que abrigar mães que são de longe, e que podem não regressarem logo para casa, seja porque têm que continuar algum tratamento ou porque o recém nascido ficou internado”, explicou.
Em uma vista na atual estrutura do prédio a reportagem verificou um ambiente bem equipado, limpo e com 23 leitos vazios. A situação de aparente tranquilidade, na verdade, era reflexo do plantão descoberto que vem se repetindo, e impede que pacientes tenham filhos no local.
Como nos sábados e domingos não há médico, as grávidas que precisam de acompanhamento de maior complexidade ou intervenção cirúrgica são direcionadas a outras unidades. Nesta segunda (10), apenas duas mulheres tinham dado à luz na maternidade porque entraram em trabalho de parto normal.
A diretora médica, Lara Siqueira, não negou o problema, que classificou de crise nacional de recursos humanos em algumas áreas da medicina. Segundo ela, se todo o quadro estivesse completo, a unidade poderia realizar 150 partos por mês, mas com a atual situação só consegue atender 80. Para reverter o quadro, até fevereiro devem chegar quatro neonatologistas e quatro obstetras chamados da última seleção simplificada do município.
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