Senador partido de ato em comemoração aos 34 anos do PT e ressalta espírito de
aliança do partido aliado
Publicado em 11/02/2014, às 06h47
Clemilson Campos/JC Imagem
Mirando o ingresso do PT no seu palanque de candidato a governador de Pernambuco, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) buscou estreitar sua relação com a militância do partido – que ainda resiste em apoiar seu nome – ao participar, ontem, do ato estadual em comemoração dos 34 anos da legenda. No seu discurso, o parlamentar avaliou que “o espírito de aliança” foi fundamental para que a legenda aliada conquistasse a Presidência da República.
“O presidente (sic) Lula, em 2002, chega ao poder exatamente porque assume uma postura de maior abertura em relação à necessidade de construir mudanças com outros setores da sociedade. Para avançar, foi fundamental construir alianças à época”, considerou o petebista.
Armando Monteiro chegou à sede do Sindicato dos Bancários, no Recife, antes mesmo das principais lideranças petistas, acompanhado de assessores e correligionários, como o deputado federal Sílvio Costa, o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Romário Dias e o prefeito de Limoeiro, Ricardo Teobaldo. O senador cumprimentou um a um os militantes do PT que começavam a se acomodar no auditório.
No discurso, ainda disse que ajudou o ex-presidente Lula a estreitar a relação com o setor empresarial por causa da sua relação com a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), da qual o senador já foi presidente.
“Quando tivemos a oportunidade na CNI de promover o primeiro debate dos presidenciáveis, lembro que Lula ainda era recebido com desconfiança na comunidade empresarial. Mas, naquele debate, ele revelava toda sua capacidade política de entender a diversidade do País e, a partir daí, promovemos avanços através do diálogo com o setor. Hoje, quando contemplamos o legado do PT, verificamos como foi importante promover estas alianças”, citou o senador.
Além do PTB, representantes do PDT e do PCdoB estiveram presentes. Foram convidados as siglas aliadas no plano nacional.
RESISTÊNCIA
A resistência da militância em apoiar a candidatura do senador foi revelada em um panfleto distribuído pela corrente Alternativa Socialista Democrática, que defendeu o lançamento de um nome próprio pela “tarefa estratégica de defesa do legado dos 12 anos do governo do PT, dos avanços sociais e conquistas dos trabalhadores”.
A resistência da militância em apoiar a candidatura do senador foi revelada em um panfleto distribuído pela corrente Alternativa Socialista Democrática, que defendeu o lançamento de um nome próprio pela “tarefa estratégica de defesa do legado dos 12 anos do governo do PT, dos avanços sociais e conquistas dos trabalhadores”.
Além disso, no mesmo dia, o presidente do PT do Recife, Oscar Barreto – secretário-executivo de Agricultura do governo Eduardo Campos (PSB), adversário da presidente Dilma Rousseff este ano –, anunciou o desejo de disputar o governo.
Em reunião antes do evento, a comissão criada para discutir o caminho que o PT seguirá na sucessão estadual definiu 15 de março como prazo para fechar o posicionamento. Até lá, haverá discussão com partidos aliados ao governo federal, os parlamentares e diretórios municipais.
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