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domingo, 24 de novembro de 2013

HISTÓRIA Acervo de Marcos Freire preservado na UFPE

Universidade federal toma posse de 240 coleções da hemeroteca do ex-senador 

pernambucano, que traz recortes de jornais e revistas

Publicado em 24/11/2013, às 06h00

Marcos Galindo (E) buscará financiamento para transportar material para Centro / Bobby Fabisak/JC Imagem

Marcos Galindo (E) buscará financiamento para transportar material para Centro

Bobby Fabisak/JC Imagem

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) tomou posse, há um mês, do acervo histórico que registra a política em Pernambuco e no País na segunda metade do século passado, e que pertencia a um dos personagens que marcaram o grupo dos “autênticos” do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), o partido criado para se opor e que resistiu no Parlamento à ditadura militar de 1964. Doada pela família, que vive em Brasília, o Centro de Memória da UFPE – que cuida da memória científica e histórica da instituição – recebeu todo o acervo da hemeroteca do ex-senador e ex-ministro da Reforma Agrária no governo José Sarney (PMDB), Marcos Freire, morto em desastre de avião em 1987.
A coleção reúne matérias e textos políticos de jornais e revistas selecionados pelo peemedebista, que abrange a vida pública e o pensamento de Freire. A doação partiu da própria família. O material está em processo de digitalização, após ter sido submetido a higienização e preservação custeada pelo Ministério da Cultura. A hemeroteca reúne 240 coleções (volumes) com 100 recortes, em média, de matérias e artigos da imprensa pernambucana e nacional por álbum, com predominância dos periódicos locais, o equivalente a 24 mil impressos. Uma fonte de informações para historiadores, pesquisadores e estudantes.
Os registros mais antigos datam de 1952, quando Freire frequentava a Faculdade de Direito do Recife – berço de políticos e oradores pernambucanos – e começou a recortar e colecionar as publicações. O acervo estava em Olinda, na casa de Marcos Freire, no Bairro Novo. O Centro de Memória da UFPE quer, agora, obter a doação e viabilizar a transferência da biblioteca do ex-senador, o acervo de livros, fotografias e documentos mantido em Brasília. “Vamos buscar um financiamento que possa trazer esse material para cá”, revela o professor do Departamento de Ciência da Informação, Marcos Galindo, que dirige o Centro de Memória da UFPE.
No ano da formatura em Direito, na edição de 16 de janeiro de 1955 do jornal Folha da Manhã, Marcos Freire publicou artigo em homenagem ao colega acadêmico Hélio Ramos, no primeiro aniversário de morte, intitulado “Tristeza sempre presente”. Na mesma edição, uma nota social divulga o noivado de Freire com Maria Carolina Vasconcelos, com quem se casaria. O JC, edição de 19 de dezembro de 1963, com o título Esfôrço de todos para fazer o que precisa ser feito: Marcos Freire (sic), publica o discurso de posse de Freire como secretário de Abastecimento e Concessões do Recife, gestão do prefeito Pelópidas da Silveira, que seria cassado pelo regime militar de 1964.

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