Esta sentença, a mais alta na Turquia desde a abolição da pena de morte em 2002, significa que os três homens passarão ao menos quarenta anos presos
Por: AFP - Agence France-Presse
Publicado em: 03/12/2015 13:40
Milhares de pessoas manifestaram-se em toda a Turquia nos dias seguintes ao assassinato da jovem. Foto: AFP/Arquivos Adem Altan |
Após seis meses de audiências, o tribunal de Mersín (sul) reconheceu culpado o principal acusado, Ahmet Suphi Altindöken, e seus dois cúmplices, seu pai Necmettin Altindöken e seu amigo Fatih Gökçe, impondo ao grupo a pena de prisão perpétua agravada, segundo a imprensa turca.
Esta sentença, a mais alta na Turquia desde a abolição da pena de morte em 2002, significa que os três homens passarão ao menos quarenta anos atrás das grades, segundo um advogado da família da vítima, Efkan Bolaç.
Segundo a investigação, Altindöken filho, um motorista de ônibus, estuprou, matou e queimou, com a ajuda de seus cúmplices, Özgecan Aslan, uma estudante que voltava da faculdade para casa em Tarsis, uma pequena cidade no sul do país.
Milhares de pessoas manifestaram-se em toda a Turquia nos dias seguintes ao assassinato da jovem.
A oposição e os movimentos feministas cobraram diretamente o presidente Recep Tayyip Erdogan e seu governo, acusados de alimentar a violência contra as mulheres por seus preconceitos religiosos.
Segundo dados nacionais, 258 mulheres foram assassinadas por um marido, namorado ou irmão apenas este ano, e 286 em 2014.
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