O aeroporto foi construído durante a gestão gestão do atual senador tucano Aécio Neves no
governo do Estado, entre os anos de 2003 e 2010
Publicado em 03/12/2015, às 09h45
Do Estadão Conteúdo
O senador Aécio Neves não se manifestou sobre a decisão do
Conselho Superior do Ministério Público
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Conselho Superior do Ministério Público de Minas Gerais decidiu arquivar definitivamente as investigações sobre o aeroporto construído em Cláudio, no centro-oeste mineiro, durante a gestão do atual senador tucano Aécio Neves no governo do Estado, entre os anos de 2003 e 2010. A decisão, tomada no dia 23 de novembro, teve sete votos pelo arquivamento e quatro contrários. O colegiado é composto por 11 integrantes, inclusive o procurador-geral de Justiça, que preside o grupo.
De acordo com Procuradoria da República em Minas, o procedimento foi instaurado com base em representação recebida pouco depois de o caso ser divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo, no ano passado, segundo a qual o terreno utilizado para a obra pertencia a um tio-avô do hoje senador e presidente nacional do PSDB, que é dono de uma fazenda próxima ao local. O projeto custou R$ 13,9 milhões aos cofres públicos e teve as obras concluídas em 2010.
Em agosto, os promotores Maria Elmira Evangelina do Amaral Dick, Fernanda Karan Monteiro, Tatiana Pereira e José Carlos Fernandes Júnior já haviam pedido o arquivamento do processo que investiga as obras dos aeroportos. Depois disso, o MP encaminhou o pedido ao Conselho Superior, que decidiu acatar o requerimento em favor do arquivamento.
O aeroporto - que recebeu o nome de Deputado Oswaldo Tolentino, outro tio-avô de Aécio, por meio de lei aprovada pela Assembleia Legislativa de Minas ainda na gestão do tucano no Executivo estadual - foi construído em parte de uma fazenda de Múcio desapropriada pelo Estado por R$ 1 milhão. Desde 2009, porém, Tolentino briga na Justiça com o governo mineiro reivindicando o pagamento de indenização de R$ 9,1 milhões pela área.
O senador Aécio Neves não se manifestou sobre a decisão do Conselho Superior do Ministério Público. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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