Do Estadão Conteúdo
Levy ressaltou ainda a necessidade de retorno de alguns
impostos, como a CPMF, e a aprovação de novas reformas
para reequilibrar os gastos fiscais
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta sexta-feira (4) que o governo federal já economizou bastante em 2015 e já realizou os cortes onde poderia ter cortado. "Ainda há muita coisa para fazer, mas aí o governo teria de mudar as leis, o que é um processo mais longo", reconheceu, em entrevista à GloboNews.
Levy disse que o próximo desafio do governo é tratar dos gastos obrigatórios e ressaltou que a presidente Dilma Rousseff tem compromisso com a reforma da Previdência. Ele ressaltou ainda a necessidade de retorno de alguns impostos, como a CPMF, e a aprovação de novas reformas para reequilibrar os gastos fiscais. "Por exemplo, precisamos aprovar a reforma do ICMS, que teve a sua PEC registrada hoje", afirmou.
O ministro também ressaltou a necessidade de combater a evasão fiscal. "Se todo mundo pagar imposto, não precisamos elevar tributos a toda hora", disse.
O ministro afirmou ainda que está em conversa com a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Banco Mundial para realizar projetos que analisam a qualidade dos gastos públicos.
Permanência no cargo
Levy se esquivou mais uma vez de responder sobre o seu futuro no governo federal. Questionado sobre se fica no cargo no próximo ano, o ministro desconversou e ressaltou as medidas que sua gestão está adotando, como o trabalho para reformar o ICMS e o sistema PIS-Cofins.
"O importante é o que a gente está fazendo, quais são os nossos compromissos e nossos projetos. A coisa mais bacana em um trabalho é ver se estamos conseguindo ajudar, realizar coisas novas", disse.
O ministro ressaltou ainda o compromisso de pagar boa parte das chamadas "pedaladas fiscais" este ano, assim como colocar o caixa do BNDES em dia. "Como posso deixar o BNDES sem receber o dinheiro que a gente se comprometeu a dar a ele?", afirmou.
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