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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Chapa Geraldo Julio-Luciano tem o apoio da Militância do PC do B, e PSB do Recife

26 de julho de 2016 - 14h02 

Roberto Pereira
Antonieta Trindade, Geraldo, Bertotti e Luciano (esq. para dir.) na plenáriaAntonieta Trindade, Geraldo, Bertotti e Luciano (esq. para dir.) na plenária
O encontro no sábado contou com a presença de Geraldo Julio e integrantes do governo municipal. Antes da intervenção do prefeito, o secretário de Planejamento e Gestão da Prefeitura do Recife, Alexandre Rebêlo, fez um resumo das ações desenvolvidos pela gestão nos últimos três anos e meio voltadas para a melhoria das condições de vida dos recifenses.

O prefeito do Recife iniciou sua intervenção afirmando que "o PCdoB é um partido muito importante, que enfrenta enormes desafios sem perder de vista nenhuma de suas bandeiras, sua identidade, seu pensamento, suas convicções". Após rápida avaliação do quadro político-partidário, especialmente no que se refere ao número de partidos políticos existentes (35, segundo o TSE), ele ressaltou a necessidade de uma reforma política que defina novas regras e corrija as distorções do atual sistema político-partidário-eleitoral brasileiro.



Geraldo Julio dedicou a maior tempo de sua fala às questões relacionadas ao governo da cidade, com destaque para o compromisso da gestão PCdoB-PSB com o Recife e com a construção de um legado para a cidade. Ele lembrou os ex-prefeitos Pelópidas da Silveira e Miguel Arraes, que, afirmou, governaram a cidade na década de 1950 com a preocupação de preparar a capital para o futuro, e levando em conta a participação popular. Em seguida, historiou o processo de construção do programa de governo da atual gestão que, segundo ele, exigiu, em 2012, a realização de 65 reuniões entre os então candidatos e os diversos segmentos da população.



"Agora, nós vivemos um tempo diferente no Recife haja vista a transformação que está acontecendo em nossa sociedade, com a mudança do perfil das pessoas, de suas expectativas, de suas necessidades, e nós precisamos responder a tudo isso", disse, lembrando a necessidade de se "desmascarar" o discurso de que a atual gestão trabalha apenas para a classe média esquecendo os mais pobres.

"A questão é que a expectativa dos mais pobres mudou muito e nós entendemos isso. Senão, vejamos a qualidade das creches que estamos construindo, que se equipara às creches particulares, do Hospital da Mulher, que é para a mulher do SUS, do Compaz. Então, nós precisamos fazer esse debate que vai aparecer muito forte na campanha, de que nós não cuidamos dos mais pobres da cidade".

Legado para o futuro

Também o vice-prefeito Luciano Siqueira permeou boa parte de sua intervenção (foto) com a avaliação do desafio de gerenciar e definir os rumos da cidade. "Quem governa uma cidade como o Recife vive, desde o primeiro dia, uma pressão enorme para cuidar somente dos problemas imediatos. Tania Bacelar passou dois anos conosco, largou tudo, com prejuízo financeiro, na expectativa de poder retomar o fio condutor da história, incluindo o planejamento como elemento essencial da gestão. Então, Lula se elegeu e ela foi para o governo federal, se sentindo frustrada por não ter conseguido passar das demandas diárias", contou.



Para ele, "o planejamento não é uma característica, uma marca secundária, não é apenas tão importante e tão decisivo como é também um reencontro com a história do Recife. Qualquer urbanista, qualquer estudioso do assunto sabe que o planejamento urbano no Brasil começou no Recife e no Rio de Janeiro nos anos 1920/1930. Mas, isso não impediu que a cidade fosse construída de maneira desordenada como quase a totalidade das cidades brasileiras".



O vice-prefeito do Recife lembrou as contribuições dos antigos gestores para a melhoria da infraestrutura da cidade de Pelópidas da Silveira aos governos mais recentes "inclusive da direita", mas destacou que "só agora o planejamento da cidade é retomado". "É um legado que fica para a cidade, é uma contribuição importante. E essa ideia do Recife 500 anos, que fecha os diversos planos que dizem respeito às intervenções estruturantes da cidade, tem um sentido muito importante que é pensar a cidade do futuro e, como diz Geraldo, comparando o Recife com as melhores cidades do mundo. O que é melhor para o Recife e tendo isso mais ou menos claro iluminar as escolhas do presente". 

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