O Governo interino de Michel Temer parece ter absoluta certeza que Renan Calheiros vai lhe dar os votos necessários à manutenção do impeachment de Dilma Rousseff, para que possa cumprir as negociatas feitas no balcão do Jaburu, onde há o compromisso de que, com a ajuda do Congresso que o “povo” elegeu, entregará o Estado nas mãos dos empresários, privatizando absolutamente tudo, inclusive o que deveria ser de responsabilidade do Estado como saúde, educação e moradia aos de baixa renda.
DIREITOS TRABALHISTAS
Precarizaram as atividade MEIO E FIM.
Para os que não sabem, atividade MEIO é a atividade que proporciona a execução da atividade FIM, a atividade final que apenas os profissionais capacitados podem executar. Exemplo clássico: o motorista da ambulância é atividade meio, o médico é atividade fim, o xerocopiador é atividade meio, o professor é atividade fim, a atendente do consultório odontológico é atividade meio, e o dentista é atividade fim. Todos serão precarizados, ou seja, pode-se contratar uma empresa de professores para dar aulas em um município com um salário 10 vezes menor do que o que se paga hoje, por exemplo, aos professores de Icapuí.
Flexibilização da CLT
Para os que não sabem, a CLT é uma norma legislativa de regulamentação das leis referentes ao Direito do Trabalho e do Direito Processual do Trabalho no Brasil, para evitar que práticas escravagista possam ser formalizadas, como por exemplo, pagar meio salário mínimo ou menos, devido a procura ser maior que a oferta, e mentir nas diligências da DRT. A volta do “salário de menor”, como na época da ditadura, será consolidada da CLT.
Mas o alvo é a Petrobras e posteriormente nossas reservas hídricas
Temos óleo para abastecer o mundo durante 10 anos, com as novas descobertas de jazidas do pré-sal (que em qualquer País do mundo seriam segredos de Estado para evitar incursões de parasitas), que foram exponenciadas como uma vitória do governo do PT, uma vez que o PSDB tentou sucatear com vazamentos mensais de óleo e por fim, a destruição da plataforma P36.
Para os que não sabem ou não eram nascidos, no dia 15 de março de 2001, no Campo de Roncador, na Bacia de Campos, pouco depois da meia-noite uma explosão sacudiu a maior plataforma petrolífera do mundo, a P-36, estacionada a 130 Km da costa e capaz de extrair, por dia, 180 mil barris de petróleo e 7,2 milhões de metros cúbicos de gás natural. No momento em que começou a tragédia, a P-36 extraía petróleo de seis poços – o que era uma pequena parte de sua capacidade: ela estava em Roncador para extrair petróleo de 28 poços ao mesmo tempo.
Dezessete minutos depois da primeira explosão, outra, e mais violenta, abalou a plataforma, matando 11 trabalhadores da Petrobrás que, heroicamente, tentavam salvar a P-36. Cinco dias depois, no dia 20 de março de 2001, a maior plataforma petrolífera do mundo – que custou US$ 350 milhões – afundou, submergindo a uma profundidade de 1.200 metros, levando junto 1.500 toneladas de petróleo.
A estratégia era mostrar aos brasileiros que a Petrobras não era viável, não tinha capacidade técnica para operar a extração de petróleo em solo pátrio. Ela seria transformada em “Petrobrax” com capital estrangeiro maior, e com poder de decisão de voto exclusivo das transnacionais.
O candidato do privatista perdeu, e Lula apoiou os engenheiros e cientistas da Petrobras, que provaram ao mundo que são os melhores em tecnologias de ponta para extração de óleo em águas profundas, onde ninguém mais consegue. Além disso, reativou a indústria naval, e a Petrobras adquiriu seus próprios navios para transportar óleo, gás, e trabalhadores.
Mas a operação “desmonta Petrobras” já começou.
No Ceará serão desativados vários campos produtivos nos municípios, um dos quais, Icapuí, que explora centenas de barris/dia gerando centenas de empregos, e que vai deixar a cidade ainda mais pobre.
Foi matéria hoje no Diário do Nordeste, como podem ver aqui. E concluo, se o Senado não impugnar esse pedido de impeachment, e se tivéssemos brasileiros menos covardes, a única saída seria uma revolução, ou às correntes.
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