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sábado, 21 de janeiro de 2017

BOULOS: MORTE DE TEORI TENDE A AGRAVAR CRISE POLÍTICA E SOCIAL




Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, lembra que Teori Zavascki estava prestes a avaliar a homologação da megadelação da Odebrecht que promete implodir o governo Michel Temer e boa parte do sistema político brasileiro; segundo ele, a tendência é que Judiciário e Executivo entrem em conflito; "São dois grupos disputando seus projetos de poder, um deles bastante conhecido, o outro nem tanto. Após a oficialização das delações, a sorte estará lançada. O resultado desta guerra definirá o futuro do governo Temer e da Lava Jato, quiçá até mesmo os destinos da envelhecida Nova República"

20 DE JANEIRO DE 2017 ÀS 13:51 


247 - O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, avalia que as crises social e institucional tendem a se aprofundar com a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki em um acidente de avião no litoral do Rio de Janeiro. Teori estava prestes a avaliar a homologação da megadelação da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato que promete implodir o governo Michel Temer e boa parte do sistema político brasileiro.
Segundo ele, a tendência é que setores do Poder Judiciário e do Poder Executivo entrem em conflito. "Caso as delações da Odebrecht não sejam amortecidas pelo sucessor de Teori na relatoria, será o prenúncio de uma guerra entre poderes, cujos sinais foram bem delineados nos últimos meses. De um lado, a chamada República dos procuradores, com ramificações no STF (Supremo Tribunal Federal), que pretende levar adiante a Lava Jato valendo-se dos recursos que forem necessários, incluindo medidas de exceção. De outro, Temer e a maior parte dos partidos políticos, unidos na proposta de "estancar a sangria"", diz Boulos em um artigo publicado na Folha de São Paulo.
"São dois grupos disputando seus projetos de poder, um deles bastante conhecido, o outro nem tanto. Após a oficialização das delações, a sorte estará lançada. O resultado desta guerra definirá o futuro do governo Temer e da Lava Jato, quiçá até mesmo os destinos da envelhecida Nova República", observa.
"Esta crise institucional se desenrolará em meio a um cenário social igualmente explosivo. O país vive a maior recessão de sua história recente, com desemprego crescente e queda da renda dos trabalhadores. O programa adotado pelo governo é de retirada de direitos e corte de investimentos públicos, o que só joga mais gasolina na fogueira", ressalta o ativista.
"De um lado, a guerra entre os Poderes, que coloca em xeque o governo e o regime político. De outro, a guerra declarada dos Poderes contra a maioria do povo, que deverá provocar reações sociais de maior intensidade do que vimos até aqui. O resultado destas guerras paralelas em 2017 dirá muito sobre os destinos do país", finaliza.

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