Fabiana Maranhão
Do UOL, em Osasco (SP)
Menos de 48 horas depois de deixar a prisão, o prefeito eleito de Osasco, na Grande São Paulo, Rogério Lins (PTN), tomou posse na manhã deste domingo (1). A solenidade, que durou cerca de uma hora, foi realizada na Câmara de Vereadores.
Também tomaram posse a vice-prefeita eleita, Ana Maria Rossi (PR), e 21 vereadores eleitos --seis deles também tinham sido detidos na Operação que pediu a prisão de Lins e obtiveram habeas corpus.
Lins deixou a cadeia em Tremembé, no interior paulista, no começo da tarde de sexta-feira (30), depois de conseguir habeas corpus. Ele se entregou à polícia no domingo de Natal (25) ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, vindo de Miami (EUA). Lins era considerado foragido desde o começo de dezembro.
"Eu continuo sem entender quais foram as verdadeiras e reais razões que levaram a acontecer o pedido preventivo de prisão", afirmou Lins, em seu discurso de posse. "Tudo no final será esclarecido; essa injustiça, que já foi corrigida preliminarmente na segunda instância, vai ser definitivamente esclarecida e a verdade virá à tona."
O alvará de soltura foi expedido na quinta-feira (29) pelo desembargador Fábio Gouvêa, da Seção de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. O magistrado determinou que o político pague fiança de R$ 300 mil até esta segunda (2), caso contrário, será preso novamente.
O vereador licenciado é acusado de envolvimento em um esquema milionário de fraudes na contratação de servidores fantasmas. Estima-se que a quadrilha tenha causado um prejuízo de R$ 21 milhões aos cofres públicos. Ele nega as acusações e afirma: "Não tenho dúvida que a verdade virá à tona e a nossa inocência será comprovada".
No dia 6 de dezembro, o MP-SP (Ministério Público de São Paulo) deflagrou a quinta fase da Operação Caça-Fantasmas. Lins e 13 vereadores de Osasco foram presos.
Lins foi eleito no segundo turno das eleições de outubro, com 61,21% dos votos, derrotando o atual prefeito, Jorge Lapas (PDT), que tinha sido eleito em 2012 pelo PT, sigla que deixou em março do ano passado.
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