Levantamento feito pelo coletivo Vote LGBT – em parceria com pesquisadores da USP, Unifesp e Cebrap –, durante a Parada do Orgulho LGBT realizada em maio, na capital paulista, aponta que a maioria, 53,7%, querem a convocação de novas eleições e 56,5% concordam com a afirmação de que o governo Temer significará um retrocesso para a população LGBT,
“Depois do impeachment, vários grupos começaram a procurar nosso coletivo. Identificamos aí um reflexo claro de que havia uma preocupação com o cenário político brasileiro, mas é interessante notar que nem por isso as pessoas deixaram de ser críticas em relação ao governo Dilma”, disse o artista plástico Gui Mohallem, um dos integrantes do coletivo suprapartidário Vote LGBT em entrevista ao El País.
A pesquisa também traz dados sobre preferências políticas dos que participaram da Parada Gay. O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), parlamentar notoriamente conhecido por suas propostas e declarações homofóbicas e esta semana se tornou réu no STF por apologia ao estupro, é rejeitado por 84,1% dos entrevistados.
Outros nomes rejeitados pelos entrevistados é do atual ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB) e da senadora Marta Suplicy (PMDB), que tem sua trajetória ligada a bandeiras LGBT. Serra tem uma rejeição de 71% e Marta 41,5%.
Perfil
Segundo a pesquisa, a Parada é majoritariamente branca e 45% tem renda familiar mensal que varia entre 2.640 e 8.800 reais. 51,1% declararam que tem a cor da pele branca, 26,2% parda, 16% preta, 3,0% amarela ,1,1% indígena enquanto 2,5% não responderam.
Outro dado apontado pela pequisa é que quase metade da Parada é formada por cristãos. Católicos, evangélicos e kardecistas juntos somam 45,7% do público do evento.
Do Portal Vermelho, com informações do El Pais
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