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sexta-feira, 23 de junho de 2017

Viagem de Temer à Russia e Noruega vira show de vexames

A ida à Noruega e à Rússia, esta semana, terminou sendo para Temer, mais dor de cabeça

© Beto Barata/PR
POLÍTICA DIPLOMACIAHÁ 8 MINS
POR NOTÍCIAS AO MINUTO






Sair do Brasil em meio a uma avalanche de acusações, a maioria relacionada com a delação da JBS, podia ter sido um respiro, um descanso para o presidente Michel Temer, mas não foi. A ida à Noruega e à Rússia, esta semana, terminou sendo para o presidente uma grande dor de cabeça.
Logo em sua chegada à Rússia, veio o primeiro mal estar. Temer não foi recebido pelo presidente Vladimir Putin no aeroporto. Ele apenas veio a encontrar-se com Putin, num ambiente pouco propício para negócios: o balé Bolshoi.
Na segunda etapa da viagem, em Oslo, capital do Reino da Noruega, a programação não melhorou. Temer foi recebido pelo chefe interino do cerimonial do governo, a maior autoridade local que compareceu ao seu desembarque.
Mais tarde, como lembrou o Blog do Noblat, na Associação dos Armadores, reuniu-se com o ministro das Relações Exteriores e com empresários. O que chamou de “PIB da Noruega” eram apenas representantes de empresas daquele país que têm negócios no Brasil. Nenhum deles era o dono. Além disso, apenas um jornalista daquele país compareceu ao encontro.
À noite, Temer foi surpreendido com o anúncio feito pelo ministro do Clima e Meio Ambiente norueguês, Vidar Helges, pela redução de cerca de metade do aporte do país ao Fundo da Amazônia. O corte nos recursos deve chegar perto de R$ 166 milhões. O motivo da redução, segundo o ministro, é o aumento do desmatamento na região no ano passado e a falta de atenção com as políticas de proteção à Amazônia.
Nesta sexta-feira (23), ONGs ambientalistas preparam um protesto em Oslo contra as políticas ambientais de Temer.
"Quando a primeira ministra [Erna Solberg] se reunir com o presidente Temer nesta sexta, é necessário que ela advirta, claramente, que a Noruega se verá obrigada a reduzir o seu apoio ao Fundo Amazônia de forma significativa caso os ataques contra a floresta e seus povos continuem", disse o Lars Lovold, diretor da Rainforest Foundation Noruega, em comunicado.
23/06/2017

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