2 de julho de 2017
O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Lula, reforça a tese da defesa no processo do triplex do Guarujá de que Lula é vítima de lawfare, ou seja, o uso indevido de recursos jurídicos para perseguição política.
Sobre o depoimento do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, Zanin lembra que “a própria mídia relatou” que o empresário “tentava fazer um acordo de colaboração com o Ministério Público Federal, mas os procuradores condicionavam o acordo a alguma referência ao ex-presidente Lula”.
“Chegamos a solicitar que a Procuradoria-Geral da República apurasse esses fatos, sem sucesso.
De toda forma, durante o interrogatório, Pinheiro reconheceu ter mudado a versão dos fatos e, naquele momento, admitiu negociar um novo acordo de cooperação”, diz.
Se o juiz Sergio Moro optar pela condenação de Lula, o deverá fazer com base na tese de ocultação de patrimônio.
“Não se pode cogitar uma ocultação de patrimônio quando não há sinais de que o acusado de alguma forma usufruiu daquele bem.
O Ministério Público levantou um castelo de hipóteses não comprovadas”, contesta Zanin Martins.
“Em vez de indicar provas, amparam-se em teses do procurador Deltan Dallagnol, algumas defendidas em livro, no qual ele diz textualmente que ‘provar é argumentar’ e ‘julgar é um ato de fé’.
Não podemos admitir a utilização dessas teses, inconstitucionais, incompatíveis com a presunção de inocência, com o devido processo legal, para se impor uma condenação a Lula ou a qualquer outro cidadão”, critica.
PORTAL CLICK POLÍTICA.
Fonte: http://clickpolitica.com.br/
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