Na conversa gravada entre Joesley Batista e Ricardo Saud há indícios de que eles desejavam grampear o mineiro
© Adriano Machado / Reuters
POLÍTICA LAVA JATO
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) é citado no áudio entregue pelos delatores da JBS aos investigadores da Lava Jato, no último dia 31, e que levaram à revisão de colaboração premiada de três dos sete executivos do Grupo J&F, conforme anúncio feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nessa segunda-feira (4).
Na conversa gravada entre Joesley Batista e Ricardo Saud há indícios de que eles desejavam grampear o mineiro para compor o acervo do acordo de delação premiada que negociavam com o Ministério Público Federal. “Vamos pegar o Aécio também. Ele vai ficar chateado”, diz Saud.
Ao comparar o tucano com outros nomes da política, a exemplo de Michel Temer e do ex-ministro José Eduardo Cardozo, Joesley considera que Aécio teria menos peso.
“Ele ficou pequenininho… (risos). Não, nós vamos, só porque ele é bandidão mesmo. Você sabe que esse aqui, os outros vai ficar pequenininho, pequenas causas, não vai precisar”, disse.
Ao longo das investigações, o Ministério Público afirmou que a empresária Andrea Neves, irmã do senador, pediu R$ 40 milhões a Joesley Batista, “para comprar um apartamento” no Rio de Janeiro.
A informação foi revelada pelo empresário em depoimento de delação premiada à Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele disse que condicionou o pagamento à nomeação de um indicado seu para o comando da Vale, mas que a operação não se concretizou.
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