Há 37 anos no cargo, presidente está em prisão domiciliar
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MUNDO HARARE
Milhares de zimbabuanos tomaram às ruas da capital Harare neste sábado (18) cantando, dançando e abraçando soldados na expectativa da queda do presidente Robert Mugabe, líder do país nos últimos 37 anos.
O ato acontece um dia depois do chefe de Estado de Zimbábue fazer sua primeira aparição pública desde que foi colocado em prisão domiciliar pelos militares. Mugabe é o único chefe de Estado que a nação conheceu desde 1980 quando o país se tornou independente do Reino Unido.
As manifestações foram convocadas por mais centenas de organizações civis, além da união sindical e da influente associação de veteranos de guerra. Além disso, os atos contam também com o apoio das Forças Armadas, que assumiram o controle do país na última quarta-feira (15).
A população expressou seu apoio à intervenção militar contra Mugabe. Com diversas bandeiras, os manifestantes também carregaram cartazes com a mensagem "Deixe Zimbabwe Now!!!" Durante o protesto, milhares ainda lançaram criticas à primeira-dama, Grace Mugabe, de 52 anos, que teria planos de seguir os passos de seu marido no mais alto cargo do Estado. "A liderança não se transmite sexualmente", dizia um cartaz, junto à foto de Grace.
A crise em Zimbábue eclodiu nas últimas semanas depois que Mugabe demitiu seu vice-presidente, Emmerson Mnangagwa, considerado popular entre as Forças Armadas. A medida foi criticada por ser uma provável iniciativa para abrir caminho para Grace suceder Mugabe na presidência.
Neste sábado, enquanto aconteciam os protestos, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, disse que a região está empenhada em apoiar o "povo do Zimbábue", e se disse otimista de que a situação no país vizinho será resolvida de maneira amigável.
Com informações da ANSA.
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