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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

OPINIÃO Delegada Gleide Ângelo estreia coluna sobre violência contra a mulher

A coluna da ''delegada rochedo'' vai falar da questão da segurança para o público feminino

Publicado em 23/11/2015, às 07h45

Do JC Online

Delegada vai assinar a coluna



Delegada vai assinar a coluna "A mulher e a lei"



no portal NE10



Foto: Heudes Régis/JC Imagem



A delegada Gleide Ângelo, que se tornou conhecida por desvendar casos policiais complicados, começa, nesta segunda-feira (21), a assinar uma coluna semanal no portal NE10. Intitulada “A mulher e a lei”, a coluna vai falar da questão da segurança para o público feminino. “A ideia é prestar serviço, dar informações sobre a rede de proteção que existe para a mulher que é alvo de violência, contar casos, fazer alertas”, detalha a delegada. Ela lembra que a violência contra a mulher começa geralmente aos poucos, dentro de casa. Por isso é preciso estar atento aos sinais. “Primeiro vêm as agressões verbais, depois as agressões físicas e isso pode levar a um homicídio”, destaca.

Formada em administração, Gleide Ângelo entrou na Polícia Civil há 12 anos, como agente. Ficou cinco anos na função, período em que estudou direito e passou no concurso de delegado, quando ainda cursava o 8º período. Atuou na Delegacia de Roubos e Furtos e no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), até ser transferida, há duas semanas, para a Delegacia de Olinda. Ainda no DHPP, dava plantão aos fins de semana na Delegacia da Mulher de Caruaru, onde teve contato com casos inacreditáveis de agressões, assassinatos e até fraudes em que mulheres na maioria das vezes eram vítimas, mas, em algumas, apareciam como algozes.

A lista de casos célebres é longa. Em muitos deles, a delegada atuou como testemunha de acusação no julgamento dos suspeitos. Lembra com detalhes de vários homicídios que desvendou. Um deles alcançou repercussão internacional. Foi o assassinato, nas imediações do TIP, da alemã Jennifer Kloker, planejado pela sogra, marido e sogro da vítima, todos condenados. Mais recentemente, desvendou o sumiço da jovem Maria Alice Seabra, cujo padrasto é réu confesso do assassinato e ainda vai a julgamento. O corpo, após vários dias de buscas, foi localizado no meio do canavial, na Zona da Mata Norte. Há ainda o caso Narda, morta por uma amiga por motivo banal, em Pau Amarelo, e enterrada embaixo de um coqueiro. E o assassinato de Vanessa, funcionária do Habib’s, pelo marido, em Jaboatão. O corpo foi enterrado embaixo da cama onde o casal dormia.

Apesar de conviver diariamente com tanta violência, a delegada Gleide não perde o bom humor. Vaidosa, gosta de roupas e cabelos coloridos e de maquiagem – a sessão de preparação para a foto que ilustra essa matéria, feita pela maquiadora Joane Silva, foi uma festa. Sua fama de solucionadora de mistérios e o temperamento expansivo fazem com que muita gente a cumprimente no meio da rua, pare para selfie, faça festa e peça: “Bote moral, delegada!”. É com essa moral que ela estreia no NE10.

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