O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota (leia a íntegra abaixo), nesta sexta-feira (3), em que critica a intenção da comissão do impeachment de reduzir o prazo de defesa da presidente afastada Dilma Rousseff em dez dias. Em reação à decisão do presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB), o ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo e senadores aliados da petista abandonaram a reunião realizada ontem que deveria ter aprovado o novo cronograma do processo.
No comunicado à imprensa, Renan diz ver “com preocupação as iniciativas para comprimir prazos”, principalmente quando elas partem de senadores. “É imperioso agilizar o processo para que não se arraste indefinidamente. Para tal, é possível reduzir formalidades burocráticas, mas sem restringir o devido processo legal e principalmente o direito de defesa. Dez dias na história não pagam o ônus de suprimi-los”, defendeu. Segundo ele, a redução do prazo para a defesa de Dilma é um “expediente de discutível caráter democrático”.
O peemedebista também criticou a decisão dos aliados da presidente afastada de recorrer ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para contestar a posição de Raimundo Lira. “É inadequado sobrecarregá-lo com trabalho tipicamente congressual e que corre o risco de ser interpretado como transferência de responsabilidade.”
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