Publicado em 28/01/2013, Do NE10
A Prefeitura do Recife prometeu, na manhã desta segunda-feira (28), fazer um levantamento do número e da localização de todas as casas de festa da cidade. A ação acontece depois do incêndio que deixou pelo menos 231 mortos na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
O primeiro passo da operação será o levantamento das casas de festa e das estruturas montadas em áreas abertas, como os camarotes da folia. A análise será feita a partir das solicitações feitas por esses estabelecimentos de autorização para funcionar. O problema, segundo a Prefeitura, é que muitos não fazem o pedido.
Depois do levantamento, a PCR prometeu fazer uma fiscalização em todos os locais, até aqueles que já haviam passado por inspeções recentemente. Com a ação, serão verificadas necessidades de mudanças na legislação municipal sobre o funcionamento desses estabelecimentos.
Ainda não há previsão para o início de uma fiscalização específica para as casas de festa. No entando, o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, informou que pelo menos 400 estruturas preparadas para o Carnaval já foram fiscalizados.
A única data já divulgada pela PCR é a de convocação de montadoras e patrocinadores das estruturas dos camarotes do Carnaval do Recife: nesta quarta-feira (30), quando todos serão chamados a reapresentar o alvará de funcionamento. O objetivo é garantir que não haja acidentes como o de Santa Maria nos dias de folia.
PERIGO À VISTA - Tornando-se cada vez mais comuns, as festas nas coberturas de antigos prédios como os edifícios Tebas e JK, ambos no Centro do Recife, foram mencionados durante a entrevista com os envolvidos na reunião desta segunda-feira (28).
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Carlos Casa Nova, as festas realizadas na cobertura de edifícios devem oferecer segurança não só na parte de cima, mas em toda a estrutura do prédio. Como essa não é a realidade na capital pernambucana, segundo o comandante, esse tipo de festas é realizado à margem do que a legislação permite.
"A reunião de um grande público em locais fechados é o grande problema que hoje enfrentamos. E quando a festa é realizada em áreas acima do nível do chão a coisa fica ainda mais perigosa", alertou o coronel.
A operação será realizada em conjunto com a Coordenadoria de Defesa Civil do Recife (Codecir), a Diretoria de Controle Urbano (Dircon), Vigilância Sanitária, o Corpo de Bombeiros e secretarias municipais, como Mobilidade e Controle Urbano.
EXPECTATIVA - Antes mesmo de iniciar a fiscalização das casa de festa da capital pernambucana, o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, adiantou que a maioria desses espaços deve estar trabalhando com a licença de funcionamento vencida.
O secretário, no entanto, contou que espera que o público frequentador desses ambientes possam ajudar a informando sobre as casas que não oferecem boas condições de segurança. "Pedimos que a sociedade possa nos ajudar a controlar e fiscalizar esses eventos fechados com o objetivo de evitar traédias como a que aconteceu em Santa Maria", disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário