Por Carol Brito
Da Folha de Pernambuco
Da Folha de Pernambuco
Em meio à polêmica negociação para implantar as aulas-atividades na rede pública municipal, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), defendeu que não tem possibilidade de atender ao pedido dos professores no início do ano letivo como reivindicam os docentes destacando que “o que não foi feito em quatro anos não dá para fazer no 28° dia de governo”. Com a declaração o gestor acabou jogando o holofote da polêmica em cima da gestão do ex-prefeito João da Costa (PT), que não colocou em prática a Lei Federal – aprovada no primeiro ano da administração petista – deixando a demanda para o seu sucessor.
“Estou no 28º dia de governo. O que não foi feito em quatro anos, não deu para fazer em 28 dias porque demanda um conjunto de procedimentos para que fossem contratados os profissionais necessários. Além disso, precisa fazer identificação de quantos profissionais são necessários porque você precisa estudar a grade horária de todas as 320 escolas do município para poder, a partir daí, ver qual é a deficiência que existe para a implantação da aula-atividade e poder partir para a contratação. Isso não é possível ser feito em 28 dias”, destacou, após o anúncio da construção de quatro Upinhas, no Morro da Conceição, Zona Norte.
O clima das rodadas de negociações entre a gestão socialista e o Sindicato Municipal dos Profisisonais de Ensino e Rede Oficial do Recife (Simpere) seguem de forma tensa. Os professores chegaram a propor a realização de uma assembleia no primeiro dia da volta às aulas podendo causar a primeira crise política enfrentada pelo socialista com apenas poucos dias de administração. Em uma coletiva de Imprensa, representantes do sindicato acusaram o prefeito de tentar jogar a população contra eles, devido às declarações de que a implantação das aulas atividades iriam deixar os alunos com apenas quatro dias de aula.
No entanto, Geraldo Julio rechaçou as declarações dos docentes. “O que eu fiz foi somente revelar o motivo de não ser possível a implantação da aula-atividade, em pouco mais de vinte dias de governo. É impossível implantar. A lei é de 2008, passaram-se quatro anos, não foi feita a implantação”, pontuou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário