Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 03/01/2016 14:13
Pesquisa feita pelo Instituto Datamétrica, com exclusividade para o Diario, revela a falta de otimismo dos recifenses em relação ao atual cenário político nacional. No caso do governo Dilma, 40% acreditam que a gestão vai piorar em 2016. Os entrevistados se dividem sobre o impeachment (47% são a favor, 45% contra), mas não têm expectativa positiva sobre um governo Temer (para 45%, seria a mesma coisa). Sobre Eduardo Cunha, 83% acham que ele vai ser cassado. Mesmo com a Operação Lava-Jato, 34% acreditam que o país sairá da atual crise ainda com mais corrupção.
Se a grande maioria dos recifenses acredita que a vida pessoal vai melhorar em 2016, conforme 72% deles afirmaram à pesquisa do Instituto Datamétrica, publicada na edição de ontem do Diario de Pernambuco, em relação à política nacional o sentimento parece ainda contaminado pelos episódios que se sucederam em 2015 no país. Em vários pontos do levantamento, o pessimismo ficou evidenciado. Foi constatada uma falta de otimismo no futuro do governo Dilma Rousseff, já que 40% dos entrevistados acreditam que a gestão vai piorar. Até mesmo em uma hipótese de mudança, a partir de um impeachment da presidente, assunto que divide os recifenses (47% a favor, 45% contra), não há uma expectativa positiva em um governo com Michel Temer, o atual vice-presidente, à frente do Executivo (45% creem que será a mesma coisa e 29% pior).
Nem mesmo a corrupção, tão combatida no ano passado com a Operação Lava-Jato, mudou a desconfiança do público, pois 34% dele acha que o país sairá dessa crise ainda mais envolvido nesse problema. “Os recifenses estão pessimistas, apesar de não serem tão veementes em relação ao impeachment… Mas o senso comum de que todo mundo é a favor (do impeachment) não é verdade. A população está achando Dilma ruim, mas os números mostram que eles entendem que são coisas diferentes”, avaliou a vice-presidente da Datamétrica e coordenadora da pesquisa, Analice Amazonas.
Quando se observa a descrença da população sobre o governo Dilma, nota-se que o percentual é maior entre os homens (47% a 35%) e abrange a faixa etária da população mais jovem, de 16 anos a 24 anos (45%) e 25 anos a 39 anos (46%). Além disso, tem uma forte inserção na camada social de menor instrução, até o 1º grau: 47% acreditam em uma piora da situação. Na pergunta de resposta espontânea sobre quem seria o sucessor direto da presidente, Michel Temer foi lembrado nominalmente por 23% dos entrevistados, enquanto 28% disseram “o vice dela” e 35% afirmaram não saber. Quatro por cento chegaram a falar que seria o senador Aécio Neves (PSDB). Mesmo entre aqueles que possuem escolaridade até o 1º grau de instrução, 25% sabiam que o vice assumiria, o que mostra, de acordo com a coordenadora da pesquisa, um bom conhecimento da população.
Em relação ao processo do impeachment, há uma singularidade na estratificação dos resultados. Quanto mais jovem, maior a inclinação ao impedimento da presidente. Assim, tem-se 55% das pessoas entre 16 e 24 anos a favor do processo e 47% daqueles que possuem 60 anos ou mais do lado são contrários.
Para Analice, essa diferença é considerável e, de acordo com ela, uma das razões seria a “reatividade da juventude”. No grau de instrução, a maioria de quem deseja a permanência da presidente possui no mínimo o ensino superior (55%) Quando a pesquisa avalia o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o quadro muda e a maioria dos recifenses não apenas acha que ele deve ser cassado (83%), como também estão confiantes de que isso vai ocorrer (74%). “Esse 83% é um número gigantesco e chama muita atenção porque, quando comparado aos números sobre Dilma, mostra que as pessoas estão escutando as acusações em relação aos dois (Cunha e Dilma), mas dizem que Cunha é quem merece cair. O impeachment é uma medida extrema e se vê que é mais claro para a população que Cunha, mais do que Dilma, é um infrator”, completou Analice mazonas.
População atenta
De uma maneira geral, foi baixo o percentual de pessoas que responderam não saber ou não opinaram nas indagações. “Isso mostra que o recifense está acompanhando os fatos e têm suas opiniões. O nível das pessoas que não sabem ou não opinaram está sempre abaixo dos 10%”, acrescentou Analice Amazonas. Para composição da pesquisa foram entrevistadas 400 pessoas no dia 30 de dezembro. A pesquisa foi feita com cota de sexo, idade, instrução e por Região Político-Administrativa (RPA).
Se a grande maioria dos recifenses acredita que a vida pessoal vai melhorar em 2016, conforme 72% deles afirmaram à pesquisa do Instituto Datamétrica, publicada na edição de ontem do Diario de Pernambuco, em relação à política nacional o sentimento parece ainda contaminado pelos episódios que se sucederam em 2015 no país. Em vários pontos do levantamento, o pessimismo ficou evidenciado. Foi constatada uma falta de otimismo no futuro do governo Dilma Rousseff, já que 40% dos entrevistados acreditam que a gestão vai piorar. Até mesmo em uma hipótese de mudança, a partir de um impeachment da presidente, assunto que divide os recifenses (47% a favor, 45% contra), não há uma expectativa positiva em um governo com Michel Temer, o atual vice-presidente, à frente do Executivo (45% creem que será a mesma coisa e 29% pior).
Nem mesmo a corrupção, tão combatida no ano passado com a Operação Lava-Jato, mudou a desconfiança do público, pois 34% dele acha que o país sairá dessa crise ainda mais envolvido nesse problema. “Os recifenses estão pessimistas, apesar de não serem tão veementes em relação ao impeachment… Mas o senso comum de que todo mundo é a favor (do impeachment) não é verdade. A população está achando Dilma ruim, mas os números mostram que eles entendem que são coisas diferentes”, avaliou a vice-presidente da Datamétrica e coordenadora da pesquisa, Analice Amazonas.
Quando se observa a descrença da população sobre o governo Dilma, nota-se que o percentual é maior entre os homens (47% a 35%) e abrange a faixa etária da população mais jovem, de 16 anos a 24 anos (45%) e 25 anos a 39 anos (46%). Além disso, tem uma forte inserção na camada social de menor instrução, até o 1º grau: 47% acreditam em uma piora da situação. Na pergunta de resposta espontânea sobre quem seria o sucessor direto da presidente, Michel Temer foi lembrado nominalmente por 23% dos entrevistados, enquanto 28% disseram “o vice dela” e 35% afirmaram não saber. Quatro por cento chegaram a falar que seria o senador Aécio Neves (PSDB). Mesmo entre aqueles que possuem escolaridade até o 1º grau de instrução, 25% sabiam que o vice assumiria, o que mostra, de acordo com a coordenadora da pesquisa, um bom conhecimento da população.
Em relação ao processo do impeachment, há uma singularidade na estratificação dos resultados. Quanto mais jovem, maior a inclinação ao impedimento da presidente. Assim, tem-se 55% das pessoas entre 16 e 24 anos a favor do processo e 47% daqueles que possuem 60 anos ou mais do lado são contrários.
Para Analice, essa diferença é considerável e, de acordo com ela, uma das razões seria a “reatividade da juventude”. No grau de instrução, a maioria de quem deseja a permanência da presidente possui no mínimo o ensino superior (55%) Quando a pesquisa avalia o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o quadro muda e a maioria dos recifenses não apenas acha que ele deve ser cassado (83%), como também estão confiantes de que isso vai ocorrer (74%). “Esse 83% é um número gigantesco e chama muita atenção porque, quando comparado aos números sobre Dilma, mostra que as pessoas estão escutando as acusações em relação aos dois (Cunha e Dilma), mas dizem que Cunha é quem merece cair. O impeachment é uma medida extrema e se vê que é mais claro para a população que Cunha, mais do que Dilma, é um infrator”, completou Analice mazonas.
População atenta
De uma maneira geral, foi baixo o percentual de pessoas que responderam não saber ou não opinaram nas indagações. “Isso mostra que o recifense está acompanhando os fatos e têm suas opiniões. O nível das pessoas que não sabem ou não opinaram está sempre abaixo dos 10%”, acrescentou Analice Amazonas. Para composição da pesquisa foram entrevistadas 400 pessoas no dia 30 de dezembro. A pesquisa foi feita com cota de sexo, idade, instrução e por Região Político-Administrativa (RPA).
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