Depois da Olímpiada acabam-se bolsas
19/8/2016 23:04
O Ministério do Esporte interrompeu a negociação de projetos para apoio a atletas no período posterior à Rio-2016. Em seu primeiro mês à frente do órgão, o ministro Leonardo Picciani (PMDB) suspendeu um edital de R$ 150 milhões que visa justamente a garantir que os investimentos governamentais em modalidades olímpicas tenham continuidade depois do fim dos Jogos deste ano, que começam no dia 5 de agosto.
O lançamento do edital foi uma das últimas medidas do governo Dilma Rousseff na área esportiva. A chamada pública para projetos ligados a esportes olímpicos foi publicada no Diário Oficial no último dia 11, um dia antes de o Senado Federal aprovar o afastamento temporário de Dilma.
O ministro do Esporte da época, Ricardo Leyser, havia declarado dias antes da divulgação do edital que ele seria fundamental para o legado esportivo da Olimpíada porque daria continuidade ao investimento governamental em atletas e confederações esportivas. Apesar disso, o novo ministro Picciani resolveu reavaliar a chamada pública. Por isso, determinou sua suspensão na quarta-feira (1º).
A medida surpreendeu confederações esportivas e revoltou dirigentes. “Como estar focado numa reta final de preparação olímpica se não sei como minha confederação vai pagar suas contas daqui a alguns meses?”, questionou Ricardo de Moura, diretor-executivo da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), em tom de indignação. “[A suspensão] sequer foi discutida”, completou.
Antonio Carlos Gomes, superintendente de alto rendimento da CBAT (Confederação Brasileira de Atletismo), também reclamou da falta de conversa do governo com as entidades esportivas. Segundo ele, a suspensão põe em xeque os projetos de preparação de atletas já para os Jogos Olímpicos de 2020, que acontecerão em Tóquio. “Fiquei sabendo [da medida] porque saiu no Diário Oficial”, disse. “É muito preocupante. Começamos a desenhar o projeto pós-olimpíada e queremos no próximo ciclo um plano fechado para quatro anos”.
Projetos de até R$ 35 milhões paralisados
Confederações de atletismo e desportos aquáticos são exemplos de instituições que poderiam se candidatar para receberem recursos que seriam distribuídos por meio do edital suspenso. Segundo o edital, R$ 150 milhões estavam reservados no Orçamento deste ano para atender pedidos das entidades esportivas. Cada uma delas teria direito de receber até R$ 35 milhões.
Picciani tomou conhecimento do edital assim que assumiu o Ministério do Esporte, no dia 12. No dia 20, quando visitou o Parque Olímpico da Barra da Tijuca, chegou a ser questionado sobre a chamada pública. Informou que, a princípio, sua intenção era mantê-la. Dias depois, entretanto, mudou de ideia.
Procurado pelo UOL Esporte, o Ministério não deu qualquer indicativo sobre o relançamento da chamada pública. Em comunicado, o órgão informou que a suspensão está em “conformidade com a decisão já anunciada pelo ministro Leonardo Picciani de reavaliar contratos e atos administrativos da pasta”. Ressaltou também que “a suspensão do edital não afeta a preparação dos atletas para os Jogos Olímpicos e os Jogos Paraolímpicos Rio 2016”.
Fonte: UOL
O lançamento do edital foi uma das últimas medidas do governo Dilma Rousseff na área esportiva. A chamada pública para projetos ligados a esportes olímpicos foi publicada no Diário Oficial no último dia 11, um dia antes de o Senado Federal aprovar o afastamento temporário de Dilma.
O ministro do Esporte da época, Ricardo Leyser, havia declarado dias antes da divulgação do edital que ele seria fundamental para o legado esportivo da Olimpíada porque daria continuidade ao investimento governamental em atletas e confederações esportivas. Apesar disso, o novo ministro Picciani resolveu reavaliar a chamada pública. Por isso, determinou sua suspensão na quarta-feira (1º).
A medida surpreendeu confederações esportivas e revoltou dirigentes. “Como estar focado numa reta final de preparação olímpica se não sei como minha confederação vai pagar suas contas daqui a alguns meses?”, questionou Ricardo de Moura, diretor-executivo da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), em tom de indignação. “[A suspensão] sequer foi discutida”, completou.
Antonio Carlos Gomes, superintendente de alto rendimento da CBAT (Confederação Brasileira de Atletismo), também reclamou da falta de conversa do governo com as entidades esportivas. Segundo ele, a suspensão põe em xeque os projetos de preparação de atletas já para os Jogos Olímpicos de 2020, que acontecerão em Tóquio. “Fiquei sabendo [da medida] porque saiu no Diário Oficial”, disse. “É muito preocupante. Começamos a desenhar o projeto pós-olimpíada e queremos no próximo ciclo um plano fechado para quatro anos”.
Projetos de até R$ 35 milhões paralisados
Confederações de atletismo e desportos aquáticos são exemplos de instituições que poderiam se candidatar para receberem recursos que seriam distribuídos por meio do edital suspenso. Segundo o edital, R$ 150 milhões estavam reservados no Orçamento deste ano para atender pedidos das entidades esportivas. Cada uma delas teria direito de receber até R$ 35 milhões.
Picciani tomou conhecimento do edital assim que assumiu o Ministério do Esporte, no dia 12. No dia 20, quando visitou o Parque Olímpico da Barra da Tijuca, chegou a ser questionado sobre a chamada pública. Informou que, a princípio, sua intenção era mantê-la. Dias depois, entretanto, mudou de ideia.
Procurado pelo UOL Esporte, o Ministério não deu qualquer indicativo sobre o relançamento da chamada pública. Em comunicado, o órgão informou que a suspensão está em “conformidade com a decisão já anunciada pelo ministro Leonardo Picciani de reavaliar contratos e atos administrativos da pasta”. Ressaltou também que “a suspensão do edital não afeta a preparação dos atletas para os Jogos Olímpicos e os Jogos Paraolímpicos Rio 2016”.
Fonte: UOL
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