O jornal francês Le Monde, um dos mais influentes da Europa, publicou editorial neste fim de semana, em que afirma que o processo impeachment de Dilma Rousseff é “golpe ou farsa”, que vitima o povo brasileiro. O jornal avalia que, mesmo cometendo erros políticos e econômicos, não há argumentos legais para o seu afastamento da presidência. “Esse episódio não será glorioso para a posteridade da jovem democracia brasileira.”
Nelson Almeida / AFP
“A ironia quis que a corrupção fizesse milhões de brasileiros saírem para as ruas nos últimos meses, mas que não fosse ela a causa da queda de Dilma Rousseff. Pior: os próprios arquitetos de sua derrocada não são santos”, diz um trecho.“O homem que deu início ao processo de impeachment, Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, é acusado de corrupção e de lavagem de dinheiro. A presidente do Brasil está sendo julgada por um Senado que tem um terço de seus representantes, segundo o site Congresso em Foco, como alvos de processos criminais. Ela será substituída por seu vice-presidente, Michel Temer, embora este seja considerado inelegível durante oito anos por ter ultrapassado o limite permitido de doações de campanha.”
O jornal também cita que a presidenta Dilma vem denunciando cotidianamente o papel da Rede Globo na mobilização do golpe de estado, “que atende a uma elite econômica preocupada em preservar seus interesses supostamente ameaçados pela sede de igualitarismo de seu partido, o Partido dos Trabalhadores (PT)”.
“Se esse não é um golpe de Estado, é no mínimo uma farsa. E as verdadeiras vítimas dessa tragicomédia política infelizmente são os brasileiros.”
Do Portal Vermelho, com agências
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