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sábado, 21 de dezembro de 2013

Artistas da música brega pernambucana lamentam a morte do maior ícone do gênero

Personalidades relatam suas histórias com o artista, seja nas gravações ou em duetos


20/12/2013 13:18 - Geison Macedo, do Portal FolhaPE
Jedson Nobre/Folha de Pernambuco
Vocalista da Faringes da Paixão, Marcelo Araújo diz que Rossi é maior inspiração para o grupo
A morte do cantor Reginaldo Rossi também foi lamentada por vários artistas da cena brega pernambucana. Personalidades que de alguma forma conviveram com o Rei do Brega, como era conhecido o Rossi, relatam suas histórias com o artista, seja em passagens nas gravações, em duetos nos palcos ou nos encontros em bares da cidade.
    Vocalista da Banda Labaredas, José Carlos de Lira, mais conhecido como Mitó, lembra do lançamento de um CD do grupo inteiramente dedicado ao Rei, intitulado de “Banda Labaredas canta o Rei Reginaldo Rossi”. “Recebemos o apoio dele na época da gravação. Foi uma ótima oportunidade para a banda”, conta. Para Mitó, a música pernambucana perdeu um ícone. “É uma referência para a música brega”.
    Hesíodo Góes/Arquivo Folha
    Para Mitó, a música pernambucana perdeu um ícone
    Os encontros de Mitó com o Rei do Brega se restringiam ao campo profissional. “Nos encontrávamos sempre nos palcos, eu chegando e ele saindo. Em 2004 gravamos com ele a no Parque de Exposições”, diz o cantor, se referindo à canção “Nosso ninho de amor”, composta por Mitó, no CD Banda Labaredas Ao Vivo.
    Integrante da nova geração da música brega, a banda Faringes da Paixão também é uma das principais seguidoras do Rei. Assim como Mitó, o vocalista Marcelo Araújo classifica Rossi como a maior inspiração para o grupo. “É o nosso maior ídolo, a maior referência. Tivemos a oportunidade não apenas de ouvi-lo, mas também de conversar, escutar conselhos e aprendermos muito com ele. É uma tristeza muito grande o seu falecimento”.
    O compositor e empresário Eliel Barbosa também lamentou a morte de Reginaldo Rossi, a quem considera como insubstituível. “Tem muita gente dizendo que é o Rei do Brega, mas na verdade só existe um”, explica Eliel. Um dos últimos encontros do artista com Rossi aconteceu recentemente, na conhecida Feijoada do Rei, que normalmente era realizada no Clube Internacional. “Na época em que nos encontramos, Reginaldo estava muito magro e parecia cansado. Todos grandes amigos já comentavam isso. A quantidade de shows que ele fazia era muito grande”.
    Eliel lembra ainda da época em que era empresário da também cantora de brega Michele Melo. Segundo ele, sempre que o Rei se apresentava e a artista estava por perto ele a chamava para o palco. Barbosa, no entanto, acha que Reginaldo não foi valorizado devidamente em sua terra natal. “Ele fazia mais show fora do Estado, como no Amazonas e no Pará. Sempre achei que o pernambucano não deu o devido valor a ele. Mas agora, depois que ele morre, vai aparecer muita gente pra falar”.

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