Acervos científicos e políticos estão sendo restaurados para digitalização. Ainda será editado o Atlas
de Vigboons, com mapeamento das Regiões Norte e Nordeste
Publicado em 22/12/2013, às 07h55
Ayrton Maciel
amaciel@jc.com.br
Cinco anos após o começo de um projeto para restauração, preservação e disponibilização de acervos de hemerotecas e bibliotecas na internet, para acesso livre ao público, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) comemora agora conquistas – superando a burocracia e a escassez de recursos – que vão ampliar as fontes de pesquisas. Uma é a conclusão da montagem do Centro de Memória da UFPE, que recebe o nome do professor Denis Bernardes e responderá pela parte científica e histórica da universidade. Outra é o resgate de acervos científicos, históricos e políticos, agora submetidos a processo de restauração, organização e digitalização.
Uma terceira conquista está sendo festejada para 2014. O Centro de Memória já contabiliza vários projetos aprovados pelo Ministério da Cultura e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre eles um de abrangência secular: a digitalização de acervos de cartórios públicos de Pernambuco. Uma quarta conquista está tem a apresentação do cronograma prevista para o começo do ano que se aproxima, resultado de convênio com a embaixada da Holanda. O Centro conseguiu financiamento para a edição do Atlas de Vigboons, o cartógrafo que veio com Maurício de Nassau, governador do Brasil holandês, e fez o mapeamento de todo o Norte e Nordeste brasileiros.
O projeto foi incluído na linha de financiamento para ações culturais do comum interesse entre Brasil e Países Baixos e a estimativa é que o atlas esteja pronto para ser lançado em janeiro. “Os acervos estão vindo para cá aos poucos. Estamos reunindo as bibliotecas de Joaquim Cardozo (engenheiro e poeta) e Metódio Maranhão (jornalista e avô do historiador popular Liêdo Maranhão), e recebemos a hemeroteca (coleção de jornais e revistas) do ex-senador Marcos Freire. Há coleções de discos de vinil e fitas cassetes com gravações da Rádio Universitária restauradas pelo laboratório. De lá, saem para armazenamento e digitalização e são colocados na web”, relata o professor do Departamento de Ciência da Informação e diretor do Centro de Memória, Marcos Galindo.
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