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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

GRANDE RECIFE // RETROSPECTIVA 2013 Boato de queda de avião foi o maior do ano em Pernambuco

Publicado em 23.12.2013, às 15h04

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A fusão da imagem entre o navio e a peça lembrava o formato da 

asa de um avião

Foto: mlucianaazevedo/Twitter


Do NE10
A notícia chegou à redação do Portal NE10 por volta das 17h do dia 24 de julho. Uma avião teria caído próximo à Praia de Barra de Catuama, em Goiana, Litoral Norte de Pernambuco. Moradores da localidade ligaram para o Sistema Jornal do Commercio para informar que se tratava de uma grande aeronave e que a queda provocou um estrondo muito forte. Alguns chegaram a informar que era possível enxergar, mesmo de longe, a logomarca da empresa TAM. Enquanto os repórteres tentavam confirmar a informação com fontes oficiais por telefone, outra equipe partiu em direção à praia. 

Cerca de trinta minutos depois, por volta das 17h30, o Corpo de Bombeiros confirmou o recebimento de uma chamada dos moradores da localidade, afirmando que um avião havia caído no mar. A informação falsa acabou sendo confirmada pela Polícia Rodoviária Federal, que chegou a especificar o avião como um bimotor.
A confirmação da PRF provocou o engano não só na imprensa, mas atraiu para a praia uma força tarefa formada por Corpo de Bombeiros, Aeronáutica e Marinha na busca por vítimas ou destroços da suposta aeronave. Aeronaves de busca, sete viaturas e dois botes foram deslocados para Goiana. Atrás do comboio, vários veículos de empresas de comunicação do Estado, entre rádios, TVs, portais e jornais. 
 O avião, na verdade, era uma peça gigante de plataforma de petróleo transportada por um navio. O equipamento chamado de queimador estava sendo rebocado para o Porto de Suape, no Litoral Sul do Estado, onde foi instalado na plataforma de petróleo P62, atracada ao Estaleiro Atlântico Sul. A “fusão da imagem” entre o navio e a peça lembrava o formato da asa de um avião. 

Mesmo após a confirmação dos Bombeiros, muitos moradores insistiam na queda de um avião. Muita gente afirmou conhecer pessoas que, inclusive, “teriam ajudado a resgatar os sobreviventes”. Geralmente, a testemunha era a sogra da amiga, a cunhada do primo da vizinha, o melhor amigo do tio ou o namorado da irmã do padeiro. O boato foi considerado o maior do ano em Pernambuco.

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