Em nova crítica ao Planalto pelo Facebook, governador questiona demora na MP para ajudar
vítimas de desastres naturais
Publicado em 29/12/2013, às 22h41
Do JC Online
Governador Eduardo Campos faz novo ataque pelo Facebook
JC Imagem
Pela segunda vez, nos últimos dias, o governador-presidenciável Eduardo Campos (PSB) usou a sua página no Facebook, neste domingo (29), para criticar o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), sua principal adversária na sucessão presidencial de 2014. Eduardo acusou o governo de negligenciar na ajuda às vítimas de desastres naturais, como as enchentes recentes no Espírito Santo, esperando o "pior acontecer" para só então "tomar alguma medida".
"Olha, eu sempre digo que não adianta colocar uma tranca na porta da sala depois que o ladrão já assaltou a casa. E este é um dos maiores problemas da velha política do Brasil: os problemas só existem quando ocorrem. Não há a menor estratégia para tentar evitá-los ou reduzir seu impacto antes que eles aconteçam", disparou o socialista no início do seu recado.
O governador - que na semana passada já havia criticado a aplicação e fiscalização dos recursos federais destinados ao Bolsa Família, um dos principais programas dos governos petistas de Lula e Dilma - alega que, em março de 2012, o então ministro da Integração Nacional, o socialista pernambucano Fernando Bezerra Coelho, havia apresentado à colega da Casa Civil, ministra Gleisi Hoffmann, a minuta de uma medida provisória (MP) para facilitar o acesso a recursos pelos municípios atingidos por desastres naturais, como ocorre agora com o Espírito Santo, onde já morreram 24 pessoas.
A MP, porém, só foi publicada na última quinta-feira (26), o que motivou o ataque de Eduardo. Leia, abaixo, a sequência do texto publicado por ele:
"Não é segredo para ninguém que as mudanças climáticas que o mundo vem passando têm causando cada vez mais tragédias. Em Pernambuco, tomamos diversas ações para minimizar os danos causados pela chuva. Uma delas consiste na construção de cinco barragens em quatro anos, duas delas já estão em construção e não apenas irão resguardar a população local como transformar a realidade da região, atraindo empresas.
Infelizmente, em Brasília ainda é regra esperar o pior acontecer para tomar alguma medida. Tempos atrás, o ex-Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, do PSB, entregou à Ministra-Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, uma MP facilitando o acesso dos recursos às regiões atingidas pela chuva.
Isto aconteceu em março de 2012.
A MP foi publicada somente agora, depois de passar quase dois anos parada em Brasília.
Foi preciso que uma tragédia se abatesse sobre o Espírito Santo para que finalmente o processo avançasse. Ou seja, o governo não encontrou uma solução rapidamente; a solução estava na mesa, esperando para ser lida há dois anos. Este é o tipo de ineficiência administrativa que o brasileiro se cansou de ver, e que mostra que Brasília continua morando num Brasil bem diferente daquele que viu o povo ir às ruas no meio do ano."
"Não é segredo para ninguém que as mudanças climáticas que o mundo vem passando têm causando cada vez mais tragédias. Em Pernambuco, tomamos diversas ações para minimizar os danos causados pela chuva. Uma delas consiste na construção de cinco barragens em quatro anos, duas delas já estão em construção e não apenas irão resguardar a população local como transformar a realidade da região, atraindo empresas.
Infelizmente, em Brasília ainda é regra esperar o pior acontecer para tomar alguma medida. Tempos atrás, o ex-Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, do PSB, entregou à Ministra-Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, uma MP facilitando o acesso dos recursos às regiões atingidas pela chuva.
Isto aconteceu em março de 2012.
A MP foi publicada somente agora, depois de passar quase dois anos parada em Brasília.
Foi preciso que uma tragédia se abatesse sobre o Espírito Santo para que finalmente o processo avançasse. Ou seja, o governo não encontrou uma solução rapidamente; a solução estava na mesa, esperando para ser lida há dois anos. Este é o tipo de ineficiência administrativa que o brasileiro se cansou de ver, e que mostra que Brasília continua morando num Brasil bem diferente daquele que viu o povo ir às ruas no meio do ano."
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