De forma direta, o PSB conta com dirigentes nacionais da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB)
Publicado em 21/12/2013, às 08h31
Da AE
Foto: Igo Bione/JC Imagem
Enquanto
a Força Sindical se aproxima de Aécio Neves (PSDB) e o governo federal
conta com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o governador de
Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), vai se empenhar em atrair o maior
número possível de sindicatos para sua provável candidatura em 2014.
De forma direta, o PSB conta com
dirigentes nacionais da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), que
tem cerca de 700 sindicatos e 700 mil filiados e é controlada pelo PC
do B. A estratégia de Eduardo, segundo lideranças sindicais, está
clara: tentará garantir o apoio maciço da CTB, evitar que a União Geral
dos Trabalhadores (UGT) apoie a reeleição da presidente Dilma Rousseff,
e ganhar a simpatia da governista CUT.
Assim, ao contrário do que ocorreu na
eleição de 2010, quando o movimento sindical apoiou majoritariamente a
candidata Dilma Rousseff, no ano que vem haverá uma divisão das
centrais sindicais, com apoio distribuído para os três principais
candidatos. “A grande novidade é que a presidente Dilma Rousseff não
terá mais a unanimidade do movimento sindical ao seu lado”, adverte o
deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força.
“Está tudo rachado”, resumiu Paulinho.
Presidente nacional do Solidariedade (SDD) e figura influente na Força
Sindical, ele garante que essa entidade está “quase inteira” com Aécio,
embora Eduardo Campos tenha apoio dos sindicalistas da central na Bahia
e em Pernambuco.
O caminho de Eduardo na UGT é mais
simples, embora ele tenha de enfrentar a grande influência, no grupo,
do ex-prefeito Gilberto Kassab, que está com Dilma. Dois
vice-presidentes da UGT são filiados ao PPS, que declarou apoio a
Eduardo e Marina Silva, rompendo uma aliança histórica com o PSDB e o
DEM.
BANDEIRAS - A Força Sindical tem entre
suas bandeiras principais, além da redução da jornada de trabalho, o
fim do fator previdenciário, que reduz as aposentadorias dos que
recebem acima de um salário mínimo de benefício. O PSB também defende a
revisão do fator previdenciário.
“Esse é um assunto que tem de ir para a
mesa de negociação. O trabalhador não pode bancar a conta sozinho,
enquanto o governo desonera setores da produção e a folha de pagamento
e deixa tudo nas costas dos peões”, afirmou o líder do PSB, deputado
Beto Albuquerque (RS). Para o deputado tucano Marcus Pestana (MG), um
dos coordenadores da campanha de Aécio Neves, é importante contar com o
movimento sindical ao lado do candidato, mas é preciso ter o cuidado de
não aparelhar as centrais. “Não fazemos como o PT, que transforma os
sindicatos em aparelhos do partido” afirmou ele.
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