Cantor apresenta o novo disco pela primeira vez no Recife
Publicado em 04/11/2015, às 08h39
José Teles
Zé Manoel, lança novo disco hoje
foto: divulgação
Catapultado por um edital do Natura Musical, queo tornou conhecido nacionalmente, o petrolinense Zé Manoel aterrissa hoje, às 20h30, no Teatro de Santa Isabel, com o show do seu segundo disco Canção e Silêncio, que já passou por Rio, São Paulo e Salvador. Em cada uma as apresentações, ele contou com convidados especiais e aqui terá o paulista Marcelo Jeneci, e, dos amigos do Recife, o Quarteto Encore, Isadora Melo e Juliano Holanda. "O repertório é basicamente do disco novo, mas em cada um dos shows fiz uma adaptação, porque mudaram os convidados e até a banda. No Rio, por exemplo, houve a participação de Kassin e uma banda formada por Pedro Sá e Domenico Lancellotti. Aqui toco com o pessoal que esteve comigo nos meus últimos shows no Recife, Rostan Jr. (bateria), Lara Klaus (percussão), Israel Silva (baixo) e mais Isadora Melo e Juliano Holanda. Com Jeneci, faço duas músicas dele, Felicidade e Gravitacional, e cantamos juntos uma minha, Cheio de Vazio", antecipa.
Unanimidade local, Zé Manoel chega aos poucos nos pontos certos do Rio e São Paulo, as duas mais importantes câmeras de eco da cultura brasileira. O Natura Musical tem se distinguindo não apenas por ser um dos principais mecenas da MPB, mas sobretudo por ligar a marca à qualidade. "O edital me deu oportunidade não apenas de levar meu trabalho para fora daqui como também de viabilizar a gravação de um disco como eu queria. É um passo muito importante na minha carreira", comenta o cantor e compositor, que conquistou público cativo em Pernambuco, sem alarde, deixando que sua música falasse por si e por ele. A aprovação no edital fez com que tivesse à sua disposição dois dos mais requisitados produtores da atualidade, Carlos Eduardo Miranda e Kassin, que aparentemente não tinham muito a ver com a opção de Zé Manoel pela MPB de melodias e harmonias requintadas e letras engenhosas, sem regionalismo nem seguir tendências do pop internacional.
Os dois o deixaram à vontade, usaram uma formação instrumental básica de trio de jazz piano, baixo (Kassin) e bateria (Tutty Moreno), com intervenções dos maestros Letieres Leite (BA), Mateus Alves (PE) e Fabio Negroni (RJ). Canção e Silêncio define bem o novo álbum. No disco de estreia, de quatro anos atrás, as influências da MPB elegante de Tom Jobim, Edu Lobo ou Baden Powell eram mais palpáveis, as letras e melodias mais diretas. Canção e Silêncio é um disco conceitual, alicerçada pela história trágica de pescador que perde o filho para as águas do mar. O show, por sua vez, é a história de um artista singular, que faz um tipo de música que o brasileiro desaprendeu a fazer, mas felizmente não a escutar. Canção e Silêncio, com Zé Manoel. Hoje, no Santa Isabel às 20h30. Ingressos: R$ 40 e R$ 20. Telefone: 3355 3323
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