Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teria dito a parlamentares que a sessão deve ocorrer entre 12 e 16 de setembro; a data deve ser divulgada oficialmente por ele nesta quarta-feira; para o deputado Henrique Fontana (PT-RS), trata-se de "proteção" ao deputado afastado, réu no STF por corrupção; "Maia cancelou todos os trabalhados da semana que vem para não cassar Eduardo Cunha, ele aponta que a votação ocorra apenas em 16 de setembro. Isso é um deboche contra a população brasileira. O parlamento está em pleno quórum", protestou o petista
247 - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teria dito a parlamentares que a sessão para votar a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deve ocorrer apenas entre 12 e 16 de setembro. A data deve ser divulgada oficialmente por ele nesta quarta-feira 10.
A data faz parte de uma articulação do governo interino de Michel Temer com a antiga oposição (PSDB, DEM e PSB), para deixar a votação da cassação para depois que o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff estiver concluído. PT, Rede, Psol e PCdoB vinham pressionando Maia para que a cassação fosse votada em data mais próxima possível. As informações são do Estado de S. Paulo.
Para o deputado Henrique Fontana (PT-RS), marcar a votação de cassação em setembro mostra "proteção" ao deputado afastado, réu no STF por corrupção. "Maia cancelou todos os trabalhados da semana que vem para não cassar Eduardo Cunha, ele aponta que a votação ocorra apenas em 16 de setembro. Isso é um deboche contra a população brasileira. O parlamento está em pleno quórum", protestou o petista.
O receio do governo de Michel Temer seria que Eduardo Cunha pudesse atrapalhar o processo de impeachment se perdesse o mandato antes do afastamento de Dilma estar finalizado, "atirando" contra membros do governo interino, e que viesse ainda a "tumultuar" a votação final do processo contra Dilma, prevista para ocorrer entre o final de agosto e início de setembro.
A tese de adiamento já era defendida pelo chamado Centrão -- grupo de partidos liderados por PP, PSD e PTB --, mas enfrentava resistência no PSDB e no DEM. O consenso, contudo, teria sido alcançado nesta terça-feira (9), em um café da manhã entre Maia e líderes do Centrão e da antiga oposição.
Com Jornal do Brasil
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