Operação Carne Fraca mostrou que empresas pagavam propina para fiscais agropecuários federais liberaram alimentos com diversas irregularidades
Publicado em 24/03/2017, às 13:58
Rádio Jornal
O consumidor pernambucano está temeroso quanto ao assunto é comprar carne. Tudo isso por que a Operação Carne Fraca deflagrada há uma semana pela Polícia Federal, desarticulou uma organização criminosa liderada por fiscais agropecuários federais e empresários do agronegócio que emitiam certificados sanitários adulterados para empresas como a BRF, que controla marcas como Sadia e Perdigão, e JBS, que detém as marcas Friboi, Seara e Swift.
Gravações captadas pela Polícia Federal na Carne Fraca mostram que as empresas usavam produtos químicos e fora da validade na comercialização das carnes. Há também registros de casos em que carnes foram moídas junto com papelão e linguiças feitas com cabeça de porco.
O diretor presidente da empresa pernambucana Masterboi, Nelson Bezerra, afirma que a queda da venda da carne bovina nos supermercados é inevitável.
Confira os detalhes na reportagem de Henrique Santos:
A carne de aves e bovinos produzida em Pernambuco também é exportada para outros países como Hong Kong, China e Coreia do Sul. Questionado sobre o embargo desses países em relação à carne brasileira, o presidente detalha que o Governo Federal vem auxiliando os empresários em relação a repercussão negativa da operação no mercado internacional.
Em relação a carne de aves, o presidente da Associação Avícola de Pernambuco (Avipe), Edval Veras, detalha como é feita a produção desse gênero alimentício no estado.
Ministério da Agricultura
De acordo com números do Governo Federal, de 4.837 unidades frigoríficas sujeitas à inspeção federal, apenas 21 estão supostamente envolvidas em eventuais irregularidades, enquanto dos 11 mil funcionários do Ministério da Agricultura denunciados na Operação Carne Fraca, apenas 33 estão sendo investigados.
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