A 'conta' do divórcio deve ficar na casa dos 60 bilhões de euros
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MUNDO BREXITHÁ 16 HORAS
POR ANSA
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Após receber todas as autorizações do Parlamento britânico, o Reino Unido começará formalmente o processo de saída da União Europeia, o chamado "Brexit", no fim do mês de março. Confira os principais números que marcarão esse longo e inédito processo.
O voto: 23/6/16 - O dia em que os britânicos surpreenderam o mundo e votaram a favor da saída da UE. Mais de 30 milhões de pessoas, em uma afluência equivalente a 71,8% daqueles que tinham direito ao voto, votaram com 51,9% a favor do Brexit.
Outros 48,1% queriam manter a permanência do país no bloco. Por países que compõem o Reino Unido, os números foram os seguintes: Na Inglaterra, 53,4% votaram pela saída enquanto 46,6% votaram pela permanência; em Gales, foram 52,5% a favor da saída e 47,5% pela permanência; na Escócia, 62% votaram pela permanência no bloco e 38% pela saída; na Irlanda do Norte foram 55,8% dos votos pela permanência contra 44,2% para a saída.
A negociação: 29/3/17 - O dia em que o governo de Theresa May vai ativar o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que dará o início formal às negociações do Brexit. A previsão é que os debates durem cerca de dois anos, salvo prorrogações, já que muitos dos pontos negociados precisarão da aprovação unânime dos 27 Estados-membros restantes da União Europeia.
Imigração: Um dos principais nós do debate entre britânicos e europeístas. Calcula-se que cerca de 3,2 milhões de cidadãos da União Europeia morem no Reino Unido, sendo que destes, 500 mil são italianos. Os britânicos que vivem em outros países do bloco são cerca de 1,2 milhão.
A conta: Segundo estimativas dos defensores do Brexit, o Reino Unido irá economizar entre 20 bilhões e 40 bilhões de libra esterlinas (entre R$ 77 bilhões e R$ 154 bilhões) com a saída da UE e também do Mercado Único Europeu. Mas, segundo Bruxelas, a "conta do divórcio" poderá custar a Londres cerca de 60 bilhões de euros (R$ 200,4 bilhões).
Economia: Após o referendo do dia 23 de junho, a inflação do Reino Unido apresentou constantes altas e atingiu 1,8% em janeiro deste ano, o maior valor nos últimos dois anos e meio.
Mas, o desemprego caiu para 4,7%, no mínimo histórico, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) foi revisado para cima e deve ficar entre 1,4% e 2%.
Moeda: A libra esterlina enfraqueceu-se bastante após o anúncio do Brexit, mas consegue se manter estável nove meses depois da decisão. Em relação ao período pré-referendo, ela perdeu 15% de seu valor para o dólar e 10% para o euro. Balança comercial: Os países da União Europeia compram 44% das exportações britânicas e o bloco fornece 54% das importações do Reino Unido. (ANSA)
22\03\2017
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