Desde 2003, já foram expedidos 14 mandados de prisão contra ele, que segue em liberdade
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JUSTIÇA RIOHÁ 7 HORAS
POR NOTÍCIAS AO MINUTO
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Fernando Gomes de Freitas, de 38 anos, o Fernandinho Guarabu, comanda o tráfico na Ilha do Governador, no Rio, há cerca de 13 anos. É o traficante que comanda a venda de drogas, em liberdade, há mais tempo.
Além dos entorpecentes, ele fatura com a exploração de vans, venda de gás, TV a cabo clandestina e internet. Desde 2003, já foram expedidos contra ele 14 mandados de prisão pela Justiça do Rio. Homicídio, tráfico, associação ao tráfico e porte ilegal de armas são as acusações.
Até hoje, a polícia não conseguiu prendê-lo. E o motivo, de acordo com investigação das polícias Militar e Civil, podem ser os próprios policiais. Pelo menos 19 soldados, cabos e sargentos que integraram o Grupo de Ações Táticas (GAT), responsável por operações em comunidades da Ilha do Governador, são suspeitos de receber propina no valor de R$ 5 mil mensais para protegê-lo.
A denúncia já foi entregue ao Ministério Público, em 2015. "Tanto tempo no poder levou o Fernandinho Guarabu a se capitalizar para garantir, entre outras coisas, a sua segurança. Assim, montou um esquema de olheiros que começa já no acesso à Ilha. Qualquer comboio policial que chega ao bairro é motivo de alerta de sua quadrilha", explica o promotor Sauvei Lai, responsável por oito denúncias sobre a atuação do criminoso.
Segundo o portal G1, Guarabu está no comando das comunidades desde 2004, após uma sangrenta guerra pelas bocas de fumo, que durou nove meses, a partir de setembro de 2003.
A prática adotada por Guarabu com seus desafetos é de desaparecer com os corpos. Assim, ele evita cenas de violência no bairro, apontado como uma área considerada estratégica por ter a presença do Aeroporto Internacional do Galeão e de inúmeras bases das Forças Armadas.
"Essa falsa tranquilidade dificulta ainda que sejam feitas denúncias contra ele, dificultando assim que o Guarabu possa ser preso", afirmou Zeca Borges, coordenador do Disque-Denúncia, que tem recompensa estipulada em R$ 10 mil por informações que levem à prisão do traficante.
"Ele se diz evangélico. Por isso, proibiu cultos ou ações de outras religiões. Ainda reprime estupradores. Talvez esses sejam os motivos que levaram parte da comunidade a nutrir uma simpatia por ele", explica o promotor.
O delegado Geraldo Assed, da 37ª DP, está há cerca de um mês no cargo e disse que colocará Fernando Guarabu como seu objetivo."Bandido é bandido. Não importa se ele se notabiliza ou não pela violência. Há inquéritos contra ele aqui e vamos tentar prendê-lo", prometeu o delegado.
28\03\2017
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