Em 3 de outubro de 1953, foi sancionada a Lei 2004, criando a maior e mais importante empresas brasileira. Desde a sua criação, a estatal é alvo da cobiça do mercado e de governos entreguistas. "Um dos maiores patrimônios do Brasil e seu povo", afirmou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Agência Câmara
"No mesmo dia, trabalhadores de todo o país protestam contra a agenda de desmonte do atual governo farsante. A nossa soberania está em xeque, nas mãos de golpistas. O petróleo e a Petrobras são nossos!", reforçou a deputada por meio das redes sociais, se referindo a uma série de atos organizados pelos movimentos sociais de diversos setores, nesta terça-feira (3), para denunciar a privatização e desmonte das empresas e dos serviços públicos brasileiros."É bonito ver uma massa trabalhadora ocupando as ruas no Rio em defesa do país, mesmo numa conjuntura tão difícil. E tudo isso no aniversário de criação da Petrobras, 64 anos de soberania. Defender as empresas públicas é defender o comando estratégico de desenvolvimento nas mãos do povo brasileiro", completou Jandira.
“A Petrobras, principal empresa do país, completará 64 anos de existência e resistência à sanha dos entreguistas”, diz a FUP em sua página na internet.
Nesta segunda-feira (2), em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o ministro de Minas e Energia de Temer, Fernando Coelho Filho, disse que a privatização da Petrobras é parte da agenda. "Eu acho que isso [privatização da Petrobras] vai acontecer. É um caminho, mas o governo não pode tocar todas as agendas ao mesmo tempo", disse ele.
Enviada por Getúlio, a lei que criou a Petrobras estabeleceu um modelo de empresa de capital misto, aberta à participação minoritária de capital estrangeiro. A defesa da soberania tornou-se ainda mais forte e a campanha "O petróleo é nosso!" ganhou as ruas, fortalecendo o modelo nacionalista. Em 1953, a empresa petrolífera nascia como estatal, com monopólio da exploração, extração e refino do produto, produzindo 2,7 mil barris por dia, e ao longo dos anos se tornou uma das mais importantes petrolíferas do mundo.
Com o golpe, a dilapidação da estatal, com os olhos no pré-sal, se tornou agenda prioritária do governo Temer, contanto com o apoio crucial de seus aliados tucanos, como o senador José Serra (PSDB-SP), autor do projeto que altera o modelo de partilha do pré-sal, medida que abriu caminho para a privatização a preço de banana.
Apenas três meses de governo golpista foram suficientes para colocar o país no caminho da condição de colônia. Sob a o comando do tucano Pedro Parente, a Petrobras vendeu o primeiro campo do pré-sal, o de Carcará, na baía de Santos, e ofereceu no mercado a BR Distribuidora, a maior do país.
"A Petrobras, uma das maiores conquistas do povo brasileiro, completa nesta terça-feira (3) 64 anos. Devemos comemorar a data, mas sabendo que hoje, com o governo Michel Temer, a empresa sofre as mais graves ameaças contra sua existência ao longo da história", afirmou o deputado Carlos Zarattini, reforçando que a Petrobras está sendo fatiada e privatizada e "seus ativos são vendidos a preços irrisórios, fazendo a festa de grupos estrangeiros".
Do Portal Vermelho
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