Antonio Bernardo, que dá nome à empresa, e sua irmã, Vera Herrmann, também terão de pagar R$ 10,6 milhões em multa, além de prestar serviços comunitários pelo período de dois anos
© Getty Images / Ian Walton
POLÍTICA LAVA JATO
Mais uma joalheria fechou acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF), dentro da Operação Calicute, braço da Lava Jato no Rio de Janeiro e que investiga crimes praticados pelo ex-governador do Estado Sérgio Cabral.
Desta vez, a Antonio Bernardo, que leva o nome de seu dono, assinou delação e se comprometeu a fornecer informações sobre a venda de joias, sem nota fiscal, para Cabral e sua mulher, Adriana Ancelmo, em uma estratégia adotada pelo casal para lavar dinheiro oriundo de propina. Anteriormente, a H.Stern já havia se tornado delatora.
De acordo com informações de O Globo, além de Antonio Bernardo, a irmã dele, Vera Herrmann, e gerente Vera Lúcia Guerra resolveram colaborar. Os irmãos ainda terão de pagar R$ 10,6 milhões em multa, e prestar serviços comunitários pelo período de dois anos.
O acordo foi homologado recentemente pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Sérgio Cabral está preso, desde novembro do ano passado, e já foi condenado a 45 anos e dois meses de prisão. Já a ex-primeira-dama cumpre prisão domiciliar e foi condenada a 18 anos e três meses.
De acordo com a denúncia, Cabral adquiriu R$ 3 milhões em joias somente na joalheria Antonio Bernardo, em 31 oportunidades. Tanto ele como Adriana negam a prática de lavagem de dinheiro por meio da compra de anéis, colares e brincos.
Pelo acordo, os delatores também vão comunicar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e à força-tarefa da Lava-Jato no Rio todas as vendas da rede, realizadas a partir de junho de 2013, com valor superior a R$ 30 mil, cujas peças tenham sido pagas com dinheiro em espécie.
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