AFP - Agence France-Presse
Publicação: 28/10/2013 14:02
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No ano passado, a Assembleia Geral das Nações Unidas condenou, por uma maioria sem precedentes de 188 países a favor, três contra (Estados Unidos, Israel e Palau) e duas abstenções, o embargo imposto em 1962 pelo então presidente John F. Kennedy para forçar uma deposição do regime comunista da ilha.
A resolução sobre a "Necessidade de colocar fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba" está acompanhada por um relatório do gabinete do secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, que contém as respostas dos Estados membros e dos órgãos do sistema das Nações Unidas.
"A situação em 2012 foi muito similar à de anos anteriores. O bloqueio afeta as relações econômicas externas de Cuba e seus efeitos podem ser observados em todas as esferas das atividades sociais e econômicas do país", indica neste contexto o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Já a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) afirma que "os avanços no processo de atualização do modelo econômico são dificultadas pelo bloqueio e pela inclusão de Cuba, desde 1982, entre os Estados que patrocinam o terrorismo designados pelo Secretário de Estado dos Estados Unidos".
Segundo a CEPAL, "em 2012 o Governo dos Estados Unidos não fez esforços para suavizar o bloqueio", cujos danos econômicos acumulados entre fevereiro de 1962 e dezembro de 2011 "superam os 108 bilhões de dólares a preços atuais", segundo o último relatório disponível de Havana.
Apesar deste status quo na situação global do embargo, é certo que neste ano ocorreram algumas mudanças, impulsionadas principalmente pelo governo do presidente Raúl Castro com sua nova lei de imigração projetada para facilitar os procedimentos e requisitos para viajar ao exterior, assim como para entrar em Cuba.
Em agosto passado os Estados Unidos começaram a conceder aos cubanos vistos de turismo vigentes por cinco anos, e não apenas por seis meses.
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