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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Polêmica » Sindicato estuda viabilidade de recurso judicial para esclarecer dados do Enem

Publicação:  27/11/2013 19:56

Após uma reunião com os dirigentes das instituições de ensino do estado contrariadas com a polêmica divulgação de resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2012, o Sindicato das Escolas Particulares de Pernambuco divulgou nota oficial admitindo que estuda a possibilidade de entrar com recurso judicial para esclarecimento dos dados.

"É inconcebível que, com mais de um ano para trabalhar os dados obtidos no Enem 2012, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), não tenha observado que os critérios por ele estabelecidos para a publicação de resultados do certame omitiram informações sobre mais da metade de um universo de 25 mil escolas de todo o Brasil", argumentou através de nota oficial. O órgão informou que, de antemão, encaminhou pedidos de esclarecimento pelas escolas ao Inep.

Segundo  o documento, 14.575 escolas do país não apareceram nos "rankings" publicados porque não cumpriram com dois critérios básicos para terem seus resultados publicados. São eles: apresentar coerência entre os dados do Censo Escolar do ano letivo em questão e a inscrição dos seus alunos para o Enem; e ter a participação de mais de 50% dos seus alunos inscritos no Exame.
   
O Sinepe informou que tais critérios foram indevidamente aplicados, a partir do próprio exemplo das escolas em Pernambuco e questiona: "Será que se levou em conta o fato de qualquer discrepância entre os números do Censo e os de alunos da escola inscritos  ter sido proveniente de fatos como ex-alunos que fizeram um novo exame,  ou ainda,  por alunos "treineiros" de 1º e 2º ano do Ensino Médio e até mesmo alunos que se transferiram para outro estabelecimento de ensino?", divulgou. 

Ainda na nota oficial, o sindicato indaga como os alunos concluintes do Ensino Médio de escolas tradicionais da capital, por exemplo, deixariam de inscrever-se e participar do Enem se, para chegar na 2ª fase do Vestibular da Universidade Federal de Pernambuco, eles teriam como 1ª fase, obrigatoriamente, o resultado do exame.

"Nesta nota não estamos discutindo posicionamento no 'ranking', mas a  omissão nociva de escolas de tradição e presença marcante em listas de resultados anteriores, sem qualquer comunicação prévia que promovesse esclarecimentos por parte de cada uma delas, trazendo-lhes, assim, prejuízos irreparáveis", defendeu o sindicato.
 
De acordo com a categoria, a fragilidade da computação dos dados pelo Inel é tamanha que, em menos de 48 horas após a publicação do resultado, já houve recursos de escolas que se julgaram prejudicadas e, por consquência, houve mudança no 'ranking' de São Paulo e Mato Grosso do Sul. "Será que teremos, a partir de agora, um 'ranking' por dia? Claro, porque, na medida em que recursos e mais recursos judiciais forem impetrados, novas mudanças acontecerão nos resultados pelo Brasil".

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