Repressão Mais de 7.500 militares foram vítimas da ditadura militar, revela Comissão da Verdade

Audiência foi realizada nesta terça-feira

Dados levantados pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) apontam que pelo menos 7.500 militares das Forças Armadas foram alvos de ações da ditadura, como perda de emprego, perseguições, prisão, tortura e mesmo morte.

Esse levantamento foi feito pelo Grupo de Trabalho Repressão aos Militares, que analisa e investiga a repressão sofrida por integrantes das três forças por suas posições político-ideológicas, e revelado nesta terça-feira, durante audiência da Subcomissão Permanente da Memória, Verdade e Justiça do Senado, em Brasília, presidida pelo senador João Capiberibe (PSB-AP).

Estiveram presentes Rosa Maria Magalhães, José Carlos Dias e Pedro Dallari, que apresentaram o documento  “Golpe de 64”, “Estrutura de Repressão e Ditadura e Sistema de Justiça” e “O Estado Ditadorial-Militar”.

O senador Capiberibe ressaltou a necessidade de as Forças Armadas compreenderam a importância da memória para que se inaugure uma nova relação da sociedade com a instituição militar.

“O comando atual e os oficiais de hoje nada têm a ver com o golpe. Aqueles que já estão de pijamas e nos clubes militares é que ainda pressionam. Não há sentido um oficial de 40 anos, que nada tem a ver com os desvios de conduta praticado por aqueles militares, defender o passado. Por isso é necessário introduzir esse debate na academia militar, para que os atuais oficiais possam introjetar que atrocidades foram cometidas por indivíduos e não por uma entidade. E que também muitos militares honrados foram vítimas”, disse o senador.

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