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segunda-feira, 27 de junho de 2016

Sinpol apura proibição de perícia em Motel Tititi

TURBULÊNCIA

Publicado em:  26/06/2016 18:16

A diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), cujo presidente é Àureo Cisneiros, irá ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), nesta segunda-feira  (27), questionar a proibição da papiloscopia no quarto do motel Tititi, onde foi encontrado o corpo do empresário Paulo César de Barros Morato. Morato estava envolvido na Operação Turbulência, da Polícia Federal (PF), que investiga desvios de mais de R$ 600 milhões envolvendo possíveis financiamentos de campanha do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Seu corpo foi encontrado na última quarta-feira (22) no Motel Tititi, em Olinda. Para o Sinpol, a falta do procedimento pode comprometer os resultados da investigação.

"A diretoria do Sinpol tomou conhecimento, nesta quinta-feira (23), que peritos papiloscopistas foram impedidos de realizar perícia no quarto do motel Tititi, onde foi encontrado o corpo do empresário Paulo César de Barros Morato", detalha Áureo Cisneiros, que diz que vários agentes estão pressionando o sindicato para entender o motivo dessa proibição. Segundo ele, os policiais civis papiloscopistas são responsáveis por realizar perícias em locais de crime para, dentre outras atribuições, detectar e identificar a presença de indivíduos suspeitos no local por meio das impressões digitais. 

O presidente do Sinpol tomou conhecimento que a ordem para barrar a realização da perícia papiloscópica teria partido do Secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, e da Gestora da Polícia Científica, Sandra Santos e afirma não ter endendido o procedimento. "Causaria-nos profunda estranheza o impedimento da perícia técnica na cena de qualquer crime. Mas inegavelmente esse caso envolve elementos pouco comuns e de amplo impacto na sociedade.São muitas questões graves que envolvem o episódio, sobretudo por se tratar de uma testemunha que aparece misteriosamente morta, pouco depois de ter sua prisão preventiva decretada", expõe. 

Áureo Cisneiros afirma ainda que a perícia criminal foi feita, mas a papiloscópica, que apura se havia outra pessoa na cena do crime, não. "Queremos entender o porquê disso", questiona. Ele adianta que além do MPPE, a Secretaria de Defesa Social (SDS) também será acionada pelo Sinpol para responder essas questões. A denúncia sobre a falta da perícia foi divulgada na página do Sinpol no Facebook na última sexta-feira (24) e já possui mais de 250 compartilhamentos.

A SDS informou, através de nota, que todas as perícias necessárias e solicitadas pela autoridade policial responsável pelo inquérito foram coletadas pela equipe de peritos que estiveram no local do crime, acompanhando a Força Tarefa do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) na noite da quarta-feira (22).O texto afirma que uma equipe de peritos papiloscopistas se dirigiu espontaneamente e sem ordem superior na manhã da quinta-feira (23), a pretexto de realizar uma perícia complementar no local. "Essa equipe recebeu ordem de retorno porque o quarto onde o corpo foi localizado já havia sido liberado após a conclusão dos trabalhos na noite anterior", indica a nota.

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