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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Reprodução da morte de promotor esclarece dúvidas, mas novas perícias serão solicitadas

Reconstituição durou 3h30 e contou com a participação de vários investigadores


23/12/2013 21:44 - Geison Macedo, com informações de Priscilla Aguiar, da Folha de Pernambuco

Reprodução da morte de promotor durou quase 3h30Crédito: Cortesia
Foi realizada nesta segunda-feira (23) uma reprodução simulada que auxiliará as investigações em torno do assassinato do promotor Thiago Faria Soares. Participaram da reconstituição aproximadamente 50 pessoas, entre testemunhas, investigadores e peritos. A ação durou quase três horas e meia e contou com a presença da advogada Mysheva Martins, noiva do promotor, e de outras seis pessoas, entre elas um agricultor que trabalha em uma propriedade próxima ao local onde ocorreu o crime. O magistrado foi morto no dia 14 de outubro, no Agreste do Estado.
A simulação começou na casa de Mysheva, em Águas Belas, de onde ela saiu com o noivo para a fazenda arrematada em um leilão. Depois de passar no local, onde a advogada teria descido do automóvel para pegar um documento, o casal retornou para Águas Belas para que Thiago deixasse o material na casa de Mysheva. Depois de alguns minutos, o carro do promotor passou pela feira livre da cidade. Próximo dali, eles teriam parado no escritório da advogada, quando o tio da noiva do promotor, Adautivo Elias Martins, entrou no veículo.
Após sair de Águas Belas, a equipe que participou da remontagem foi para a PE-300. No local, foi simulado o instante em que um Corsa com dois homens encosta na Hyundai Vera Cruz em que estava o promotor, a noiva e o tio dela. Na reconstituição, o autor dos disparos que mataram Thiago teria sido um homem que estava no banco traseiro do veículo. Momentos depois do crime, foi simulado a hora em que a advogada desceu do carro e se protegeu em um barranco. Logo depois, foi a vez do tio de Mysheva sair da Vera Cruz e seguir andando pelas margens da rodovia. Na reprodução, a advogada simulou um pedido de ajuda, momento em que chegou a se emocionar.
Na coordenação dos trabalhos, a perita Vanja Coelho, do Instituto de Criminalística (IC), informou que novas perícias ainda precisam ser realizadas para efeito de comparação com o laudo do local. Segundo a investigadora, outros exames devem ser solicitados em breve. Além de Vanja, atuaram na reconstituição mais quatro profissionais do IC, entre peritos e auxiliares. Na reprodução, mais um automóvel, uma Hilux na qual Mysheva teria pego uma carona, foi utilizado. Apontado pela polícia como o autor do crime, o agricultor Edmacy Cruz Ubirajara não participou da reconstituição, sob a orientação dos advogados.

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