08\03\2017
O ex-ministro José Dirceu foi condenado pela segunda vez na Operação Lava Jato. Além dele, a sentença do juiz Sérgio Moro atinge outras quatro pessoas. A pena para Dirceu, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, é de 11 anos e três meses de reclusão em regime fechado.
Em maio de 2016, o ex-auxiliar do governo Lula já tinha sido condenado na Lava Jato a 20 anos e 10 meses de reclusão. Somadas, as penas chegam a 31 anos de prisão.
Entre os condenados na ação também estão o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, que é irmão de Dirceu.
A ação penal se originou a partir de 30ª fase da operação, que apurou irregularidades em contrato para o fornecimento de tubos para a Petrobras. Em um trecho da decisão, Moro afirma que Dirceu recebia propina enquanto o processo do Mensalão tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF).
Dirceu foi condenado por Moro por ter recebido R$ 2,1 milhões em propina proveniente de contratos da empresa Apolo Tubulars com a Petrobras, por intermédio de Renato Duque. Conforme a sentença, R$ 1,4 milhão da propina foi paga por meio de serviços de táxi aéreo, mediante o custeio de despesas pela utilização, por Dirceu, de duas aeronaves pertencentes ao lobista Julio Camargo, que assinou acordo de delação premiada com a Justiça e assumiu ser o intermediário entre os sócios da Apolo e Renato Duque.
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