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terça-feira, 7 de março de 2017

Mãe é impedida de amamentar em UTI por ser hora de visita dos pais

Caso, ocorrido no Hospital e Maternidade Santa Joana, gerou repercussão nas redes sociais

© Facebook 
BRASIL SÃO PAULOHÁ 5 HORAS
POR NOTÍCIAS AO MINUTO






"Para um bebê recém-nascido e uma mãe de primeira viagem, amamentação nem sempre é fácil". A afirmação é apenas parte do desabafo publicado nesta segunda-feira (6) pela musicista Yara Villão, que foi impedida de amamentar a filha, internada em UTI Neonatal do Hospital e Maternidade Santa Joana, na cidade de São Paulo, por ser horário da visita dos pais. A interrupção da mamada, essencial para a bebê, foi postada no Facebook na véspera de carnaval, e provocou mais de dois mil compartilhamentos, depoimentos parecidos e mobilização em forma de "mamaços".
"É Carnaval e é possível ver vários peitos na TV. Enquanto isso, na UTI, sou solicitada a tirar meu bebê do peito, pois é o horário da visita dos pais", dizia o primeiro post. Nele, a mãe explicou ainda que argumentou com a enfermeira sobre a dificuldade de fazer a filha pegar o peito e que recebeu como resposta: "Não é permitido, protocolo do hospital. Precisamos contemplar pessoas de todas as crenças e culturas."
Nesta segunda, Yara chamou a atenção para o fato de acreditar que o horário de visitas e mamadas é mal organizado. "Quando cheguei na UTI as 6h da manhã do dia 20/02, fui informada que o horário para as mães ocorreria de 3 em 3h para a amamentação (6h, 9h, 12h, 15h, 18h, 21h, 00h, 3h), e que os pais teriam três horários de visita que durariam 30min cada. Esses horários são: 10h30, 15h30 e 20h30. Observem que o horário das 15h30 é no meio do horário das mães, e é também um dos horários em que as pediatras conversam com os pais", alerta.
Por meio da mesma rede social, a musicista sugere que as mães que têm respondido a seus posts com relatos similares, no mesmo hospital, que se unam para demonstrar insatisfação. Em entrevista para o UOL, o marido de Yara, Júlio Pelloso, disse que o Santa Joana entrou em contato com a família por telefone. "Uma pessoa, que disse ser da Ouvidoria do hospital, quis saber se havíamos sido bem atendidos, ou se tínhamos alguma reclamação", explicou ao jornal.
A administração hospital também marcou uma reunião com a família no final da tarde desta segunda-feira (6). No encontro, duas chefes da UTI admitiram que a conduta do hospital foi "inadmissível". Segundo Pelloso, o Santa Joana já está fazendo mudanças e admitindo amamentação sem interrupção. "
07\03\2017

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