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sexta-feira, 17 de março de 2017

Soldado despede-se do seu Pastor Alemão de forma emocionant

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Há decisões que, apesar de dolorosas, têm de ser tomadas (em nome de um bem maior).

Deixe-se apaixonar pela história de Bodza, o pastor alemão que encontrou um companheiro em plena guerra. Como se costuma dizer, foram verdadeiros “brothers in arms”. Kyle Smith e o seu pastor alemão Bodza, ambos da Força Aérea Norte-Americana, escreveram, juntos, uma história de coragem e de luta.
O laço que os uniu foi tão imediato e intenso que caminharam, lado a lado, até a morte os separar.
Ao serviço da Força Aérea desde 2006, o cão – especialista na deteção de explosivos – salvou inúmeras vidas, participando em operações realizadas no Iraque, no Kuwait e no Quirguistão. Aliás, neste último país, Kyle e Bodza chegaram a estar 189 dias ao frio, numa missão de segurança.
Os seus caminhos só se cruzaram em 2012, mas a empatia foi instantânea.
“Adorava trabalhar com ele porque me ensinava muito, a ter paciência e a perceber que este trabalho não é só sobre nós”, explicou. O clima de brincadeira era constante.
“Bodza era gentil e pateta. Nós tínhamos estábulos junto à base e, quando os cavalos estavam no exterior, não podíamos fazer a continência. Ele saltava a cerca e corria na direção dos animais”, recordou.
Claro que Kyle nem hesitou em adotar o companheiro de quatro patas e se, até então, já não se largavam, passaram a ser simplesmente inseparáveis.
“Em casa ele era ainda mais leal. Seguia-me para todo o lado. Deitava a cabeça na minha cama e ‘desejava-me’ boa noite todos os dias”, acrescentou.
Porém, no verão passado, Bodza foi diagnosticado com mielopatia degenerativa (uma doença progressiva e incurável que afeta a medula). Com os membros traseiros enfraquecidos, o pastor alemão mal conseguia pôr-se de pé e começou a acusar o stress do seu delicado estado de saúde.
Foi então que Smith tomou uma decisão: ciente do sofrimento do companheiro, optou por mandar abatê-lo, acompanhando-o nos seus últimos instantes de vida.
“Houve em mim dor e, simultaneamente, paz”, revelou, acrescentando que as cinzas do melhor amigo foram, posteriormente, guardadas em casa, junto às fotografias.

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