Relação entre os ex-prefeitos João da Costa e João Paulo ainda é tumultuada. Foco dos petistas está na reeleição da
presidente Dilma e na defesa do legado da sigla
Publicado em 01/12/2013, às 06h18
Para João da Costa, uma candidatura só é possível com ambiente interno confortável
JC Iamgem
Mesmo com o início do diálogo dentro do PT, marcado pelo entendimento das duas principais correntes que disputaram o Processo de Eleição Direta (PED), um assunto ainda gera polêmica. A relação entre os ex-prefeitos João da Costa e João Paulo ainda é considerado o caso mais difícil na sigla.
No acordo selado entre os grupos adversários no último dia 21, a diferença na relação entre os dois foi notada. Ferrenhos adversários dentro do partido, os “Joões” participaram da reunião em que foi acordado o rodízio na presidência estadual.
No início deste ano, João da Costa foi excluído de compor a mesa do ato em comemoração aos 33 anos do PT. A presidente eleita, Teresa Leitão, acredita que na nova fase do PT haverá espaço para um entendimento político, mas destacou que as questões pessoais não estão em pauta.
Apesar do clima menos tenso entre os petistas, a reconciliação está distante e pode até não ocorrer. Assim como Teresa, João Paulo alega que a discussão atual não envolve as relações pessoais, o que ainda indica a dificuldade no relacionamento das lideranças.
Já João da Costa assumiu uma postura mais maleável. O ex-prefeito, há aproximadamente um mês, no último debate realizado entre os candidato ao PED, disse que não seria “obrigado a votar em ninguém”. A declaração foi dada quando questionado se votaria em João Paulo, caso ele fosse escolhido para ser o candidato do PT ao governo estadual. Agora, depois do entendimento entre as duas alas, o petista mudou o tom.
“Isso tem que ser resultado do que for construído no partido. Para pavimentar uma candidatura, você tem que construir o ambiente interno em que todos se sintam confortáveis. Esse é o princípio básico para a candidatura do PT dar certo. Mas não estamos iniciando essa conversa com vetos”, afirmou João da Costa.
João Paulo acredita que há espaço para as duas lideranças dividirem um palanque, se o objetivo for defender o legado do PT. “Nós somos do mesmo partido. Não estamos tratando da questão pessoal. Temos um pacto político para enfrentar o momento, não cabe falar da relação. Temos que discutir a melhor estratégia para a eleição da presidente Dilma Rousseff (PT)”, afirmou.
O deputado, inclusive, fez questão de frisar que João da Costa não foi escalado para compor a mesa no aniversário do PT por uma iniciativa da Executiva do partido, e não pela intriga entre os dois.
Para João da Costa, não é somente a situação dele com o seu ex-padrinho político que precisa ser reavaliada internamente. O petista disse que a nova fase de estruturação do PT envolve a iniciativa de outras lideranças, que também estão intrigadas.
“Tem o processo de Humberto com Teresa, tem vários outros (petistas intrigados), talvez não na mesma dimensão do que acontece (entre ele e João Paulo). Então, é preciso restabelecer o diálogo político”, declarou João da Costa.
Segundo o ex-prefeito, o atual ambiente político poderá ajudar no diálogo entre ele e seu desafeto. Os “Joões” estão rompidos desde 2009, poucos meses após João da Costa assumiu o comando da Prefeitura do Recife.
Segundo o ex-prefeito, o atual ambiente político poderá ajudar no diálogo entre ele e seu desafeto. Os “Joões” estão rompidos desde 2009, poucos meses após João da Costa assumiu o comando da Prefeitura do Recife.
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